Marca começa a oferecer o E-JT 2,5, caminhão de PBT de 12,5 toneladas e 8,6 toneladas de carga útil
A JAC apresentou nesta quarta-feira, 24, o E-JT 12,5, caminhão médio com PBT de 12,5 toneladas e 8,6 toneladas de carga útil. Será o sexto veículo comercial elétrico da marca, que já oferece furgões e o caminhão leve iEV1200T, além da picape 330P, que estará nas revendas em mais dois meses.
O novo caminhão movido a bateria e importado da China, a exemplo de todos os veículos da JAC, começa a ser vendido a partir de agora em todo o País por R$ 699,9 mil. As primeiras entregas, contudo, começarão somente em 2023.
“Trouxemos algumas unidades para demonstração e que serão repassadas a clientes que já conhecem nossos produtos e serviços. Entre o pedido e a entrega, serão cerca de seis meses, o que impedirá licenciamentos ainda este ano”, explicou Sérgio Habib, presidente da JAC Motors Brasil e do Grupo SHC, que citou como potenciais compradoras do novo caminhão empresas como JBS, Pepsico e ambev, já hoje clientes da marca.
O lançamento do E-JT 12,5, assegura Habib, é uma resposta a um pedido direto de frotistas proprietários do iEV1200T. Satisfeitos como rendimento do modelo mais leve, teriam solicitado à marca uma opção de PBT superior a 8,5 toneladas para roteiros logísticos que exigiam maior capacidade de carga.
“Fomos à China, trouxemos esse caminhão e o equipamos com o terceiro eixo, criando o E-JT 12,5. Trucado, compacto e que também atende aos princípios de ESG dessas companhias”, diz Habib, que esgrime o seguinte cálculo: um caminhão movido a diesel que roda 30 mil km anuais emite cerca de 20 toneladas de CO2 no período. “São cerca de 600 toneladas emitidas por apenas um veículo a diesel em seu período de vida útil, ao redor de 30 anos!”
O E-JT 12,5 é dotado de motor que desenvolve 235 cv de potência e 1050 Nm de torque máximo. Movido a bateria de 107 kWh, tem autonomia de 150km a 250 km, dependendo da carga e do perfil de uso, segundo a fabricante. Equipado com terceiro eixo e suspensão a ar, é indicado para a aplicação urbana e suas dimensões o enquadram na categoria de VUC.
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Naturalmente, um dos maiores, se não o maior, atrativo do novo caminhão é o custo de operação. A JAC Motors calcula que, para percorrer um 1 km com o E-JT, o transportador economizará R$ 1,32 diante do que gastaria com um modelo similar movido a diesel. Considerando a carga total, o transportador desembolsará R$ 69,55, tendo como parâmetro o custo médio de R$ 0,65 por kWh no Estado de São Paulo, ou R$ 0,46 por km rodado.
Habib calcula que o novo caminhão servirá sobretudo a segmentos como distribuição de bebidas ou gás, por exemplo. Mas diz que o modelo atrairá, em particular, empresas de serviços nos quais os veículos rodam acima de 70 km por dia, o que permite recuperar a diferença a mais no investimento inicial em um período mais curto — “fechar a conta”. Um produto para o mesmo segmento, mas a diesel, custa por volta de R$ 400 a R$ 450 mil, calcula o executivo.
Para “abastecer” integralmente o novo modelo que ainda disponha, por exemplo, 20% da carga da bateria, serão necessárias 13 horas em um carregador wallbox (corrente AC) que libera 7 kWh. Porém, se equipado com interface de carga rápida (corrente DC) de até 100 kWh o tempo cai para apenas 55 minutos. A montadora concede garantia de 3 anos para o caminhão como um todo e de 5 anos para a parte elétrica, incluído aí, em especial, a bateria.
O modelo tem, dentre outros itens de condução e segurança, como itens de série air bag duplo, freios ABS, controle eletrônico de tração e estabilidade, sistema que imobiliza o veículo em aclives e declives, freio de estacionamento eletrônico, banco do motorista com suspensão pneumática, assistente de partida em rampa e corte de tensão e destravamento de portas pós-colisão.
A JAC também dotou o caminhão de ar-condicionado digital, câmera panorâmica 360 graus, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, DRL (luzes com LED diurno), vidros e trava das portas com acionamento elétrico. O motorista também tem à disposição multimídia vertical de 12 polegadas, com espelhamento de celular.
A marca negociou no Brasil, no primeiro semestre, cerca de 300 caminhões elétricos, todos iEV1200T. A expectativa para 2022 é chegar a 600 unidades, mesmo número alcançado no ano passado. É também o mesmo patamar anual de vendas que Habib pretende alcançar com o E-JT 12,5.
Foto: Divulgação
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