Com a introdução da legislação Euro VI a partir de janeiro de 2023, as montadoras de caminhões instaladas no Brasil deverão ter agravados os problemas de produção decorrentes da falta de semicondutores que persiste desde o ano passado, afetando o setor automotivo globalmente.
Roberto Cortes, CEO da Volkwsagen Caminhões e Ônibus (VWCO) admite que, em termos gerais, há uma tendência do desabastecimento nessa área ser reduzido a partir do ano que vem, por conta da entrada de novos players no segmento e maior oferta de produtos. Mas no Brasil, em particular, a tendência é a de os fabricantes de caminhões enfrentarem maiores dificuldades por causa da vigência da nova legislação de emissão de poluentes.
“De um lado crescerá o número de chips no caminhão e, de outro, haverá demanda por uma nova geração de semicondutores, cuja oferta ainda é reduzida”, comenta o executivo. Ele cita exemplos como o ESP, sistema ativo de estabilidade, que passa a ser obrigatório a partir do Euro VI, e controles eletrônicos a serem incorporados nos motores e no pós-tratamente, de geração ainda inexistente por aqui.
Sem revelar números, Cortes informou ser sigificativo o volume de véiculos incompletos no pátio da montadora: “A gente utiliza peças provisórias para levá-los para fora da linha de produção, mas o faturamento para a rede só acontece depois da devida substituição do componente”.
Ao contrário de outros fabricantes de pesados, como Mercedes-Benz e Scania, a VWCO conseguiu manter sua produção ininterrupta este ano, sem nenhuma paralisação total ou parcial das linhas. Na avaliação do CEO, isso deve-se a vários fatores, dentre os quais o fato de a empresa ter matriz no Brasil e possuir um parque de forcedores na mesma área da fábrica.
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Durante o lançamento do serviço VW Truck Rental em parceria com a VW Financial Services nesta quinta-feira, 25, Cortes também falou do processo de internacionalização da empresa, lembrando que suas exportações cresceram 20% no acumulado do primeiro semestre.
Foto: Divulgação/VWCO
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