A partir de 15 de setembro, a rede de 60 concessionárias RAM em todo o Brasil inicia a venda da Classic, quarto produto da marca no mercado interno. O modelo produzido em Saltillo, no México, é, na verdade, a geração anterior da atual 1500, já oferecida aqui com o “sobrenome” Rebel. Suas dimensões, porém, são ligeiramente menores. Por exemplo, 11 centímetros no comprimento.
A Classic ingressará na linha RAM como a picape mais” barata”. Entretanto, os preços das duas únicas versões, Laramie e Laramie Night Edition, e que se diferem basicamente pelo acabamento interno e pela quantidade de cromados na carroceria, ainda não foram divulgados.
Everton Kurdejak, diretor comercial da marca, promete revelar os valores apenas no primeiro dia oficial de comercialização, em transmissão via internet para todos os revendedores e que devem reunir em suas lojas potenciais consumidores da nova picape.
Trata-se, porém, de mero preciosismo, levando-se em conta o perfil dos compradores do segmento. Nesta quinta-feira, 25, o próprio executivo adiantou que a Classic ficará na faixa de R$ 350 mil. Ou seja, a partir das versões topo das picapes médias a diesel, como Toyota Hilux ou Chevrolet S10.
A nova picape tem, porém, motor a gasolina, o mesmo da Rebel. Acoplado a um câmbio automático de 8 velocidades e conhecido como Hemi, tem 5,7 litros e oito cilindros em V, desenvolve nada menos do que 400 cavalos. Para economizar combustível, o sistema batizado de MDS desativa quatro cilindros quando o motorista não demandar potência, em acelerações leves.
A RAM espera ter negociado e entrega cerca de 500 unidades da Classic até meados de novembro e encerrar o ano com 1,3 mil licenciamentos. Outro lote de 400 unidades está previsto para aportar por aqui em janeiro.
A marca negociou 1,6 mil picapes de janeiro a julho, sendo 658 unidades da pioneira 2500, 433 licenciamentos da 1500 e 516 da 3500, maior e mais recente produto da marca, no mercado desde março. Kurdejak espera que a Classic, custando cerca de R$ 100 mil a menos do que a 1500, possa atrair mais consumidores e representar vendas quase que totalmente adicionais.
Simultaneamente, com a chegada da quarta picape, a marca acelera o processo de ampliação de sua rede de concessionárias. Se em janeiro dispunha de 55 casas, até dezembro serão 65 em operação e pelo menos outras dez nomeadas. “Em 2023, vamos aumentar esse número, mas sempre em lugares onde há demanda”, alerta Kurdejak.
Produção local
Uma rede maior atenderá não somente a demanda pela linha atual mas preparará terreno para que a RAM ingresse em um novo patamar de participação no mercado interno já em 2024. Antonio Filosa, presidente da Stellantis, recentemente reafirmou que a montadora produzirá pelo menos uma picape da marca aqui.
Pelo perfil do mercado brasileiro, muito provavelmente menor do que as atuais picapes importadas e, quase certo também, terá como base produtiva a fábrica deGoiana, PE, de onde saem modelos da Jeep e a também picape Fiat Toro, com carroceria monobloco, o que sugere que a futura RAM brasileira adotará essa mesma característica estrutural.
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Foto: Divulgação
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