Metalúrgicos rejeitam reajuste salarial sem aumento real
Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, 25, metalúrgicos da fábrica da General Motors de São José dos Campos, SP, rejeitaram, por unanimidade, a proposta da montadora para a Campanha Salarial 2022 e entraram em estado de greve.
“É um alerta para a empresa. Caso as negociações não avancem, os trabalhadores podem iniciar uma paralisação”, explica o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, que agendou uma nova votação para a tarde hoje, na entrada do segundo turno.
A proposta apresentada pela GM, que conta com cerca de 4 mil funcionários na unidade do Vale do Paraíba, foi recebida como uma provocação pela entidade. Os metalúrgicos reivindicam 18% de reajuste mas, segundo o sindicato, a empresa propôs reajustar os salários apenas pela inflação (INPC), sem aumento real para quem recebe até R$ 4,8 mil. Para salários acima desse teto, seria fixado um valor fixo.
“Esse pacote apresentado pela empresa vai contra a realidade dos trabalhadores, que tiveram seus salários severamente corroídos pela inflação”, afirma Valmir Mariano, presidente em exercício da entidade.
Ainda de acordo com a entidade, a GM também quer o fim da cláusula que garante estabilidade no emprego para os trabalhadores que se acidentarem ou adquirirem doença na fábrica.
O pacote apresentado pela montadora valeria por dois anos, ou seja,os trabalhadores só poderiam voltar a ter aumento real em 2024. Montadora e sindicato têm nova reunião agendada para esta sexta-feira, 26. Será o sexto encontro para discussão de reajustes salariais.
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