A trajetória de transformação da Renault com o plano estratégico Renaulution, anunciado no início de 2021, também impulsiona por aqui uma ampla reformulação da marca. Além de recente renovação de produtos, como Duster e Oroch, do lançamento do Kwid E-Tech e anúncio de R$ 2 bilhões para novos SUV e motor na fábrica de São José dos Pinhais (PR), a fabricante confirma para o segundo trimestre de 2023 os elétricos Master, Kangoo e novo Megane.
O anúncio feito na segunda-feira, 5, em evento dedicado à tecnologia, mobilidade e inovação em São Paulo, o E-Tech 100% Electric Days, coloca a marca como protagonista na oferta de veículos movidos a bateria no País, com linha de automóveis e comerciais leves.
“O Renaulution está funcionando e transformando a Renault mais rápido que o esperado. Não só na Europa, mas também no Brasil, mercado muito importante para a companhia”, resumiu Fabrice Cambolive, COO da marca.
As novidades prometidas pela Renault seguem perspectiva de que o veículo 100% elétrico ganhe cada vez mais força nos próximos anos. Para 2022, a marca estima um mercado de 4,6 mil unidades, participação que não deverá passar de 1%.
Até 2030, no entanto, a fabricante trabalha com dois cenários: um pessimista, no qual a venda de elétricos responda por 5% e outro, otimista, com alcance de 13% nos emplacamentos em mercado em torno de 3,5 milhões de unidades. “Estamos falando de 400 mil unidades/ano”, projetou Bruno Hohmann, vice-presidente comercial da Renault do Brasil.
Com a ampliação do portfólio de elétricos, Master E-Tech e Kangoo E-Tech atenderá demanda da distribuição de carga urbana, em especial as operações da última milha. O primeiro promete autonomia de 200 km e entrega espaço para 13 m³ de carga. O segundo é a da nova geração do utilitário e chegará por aqui com versão sem coluna B, que providencia vão interno livre de até três metros, além de capacidade para 800 kg de carga, autonomia de 300 km e potência de 120 cv.
Nascido para ser elétrico sobre a plataforma da Aliança CFM-EV, o Megane E-Tech é o primeiro modelo da segunda fase do Renaulution no Brasil, a Renovation. O modelo começou a ser distribuído na França em meados de maio e já acumula mais de 30 mil pedidos na Europa. Traz motor que gera 220 cv e torque 30,6 kgfm. A autonomia é de 300 km e, em carregamento rápido, recupera 100 km em oito minutos.
Além dos elétricos, a marca também não descarta a opção de modelo no portfólio de híbrido flex. “Está em estudo para o mercado brasileiro”, revelou Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.
Por trás da ofensiva de eletrificação, a Mobilize, marca do Grupo Renault, dá o suporte em serviços. A plataforma dispõe de soluções de financiamento, seguro, compartilhamento e pagamentos. Um dos apoios é o Charge Pass, aplicativo que indica as estações de recarga com possibilidade de reserva.
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Fotos: Renault/Divulgação
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