Associadas da Abeifa venderam 37,5% a menos até agosto
Passados os oito primeiros meses de 2022, já é possível apostar com gigantesca probabilidade de acerto: as marcas associadas da Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, encerrarão o ano com o pior resultado de vendas de importados em 15 anos.
Os emplacamentos acumulados de janeiro a agosto somaram pouco mais de 11,2 mil unidades, contra 17,9 mil de igual período de 2021, queda de 37,5%. Em agosto, foram somente 1.577 licenciamentos, 27,9% abaixo do resultado de igual mês do ano passado. Ainda assim, superaram em 12,6% os de julho e foram os maiores em um único mês de 2022.
Para evitar um novo recorde anual negativo após dezembro, as onze marcas filiadas à entidade precisariam ultrapassar 14 mil licenciamentos no último quadrimestre, média mensal de 3,5 mil, mais do que o dobro da verificada nos oito meses corridos de 2022. Muito pouco provável, portanto.
O último resultado inferior ao de 2022, assim, será o de 2007, quando 12,5 mil automóveis e comerciais leves das associadas da entidade chegaram às ruas. Mesmo em 2020, com medidas sanitárias que forçaram o fechamento das revendas durante semanas, o setor contabilizou 27,4 mil veículos negociados.
O desempenho atual apena ratifica, assim, a curva decrescente iniciada em 2014, ano de 96,6 mil licenciamentos. Já em 2019, período pré-pandemia, portanto, os licenciamentos ficaram limitados a 34,6 mil, contra 37,6 mil de 2018. E há exatamente uma década, os importadores lamentavam a sensível queda de 35% de suas vendas, para 129 mil unidades, ante 199 mil de 2011!!
O presidente da Abeifa, João Henrique Garbin de Oliveira, entretanto, prefere olhar o “copo meio cheio” e vê na oscilação positiva de agosto diante de julho uma luz para as empresas que representa:
“Há uma demanda reprimida de veículos importados com mais tecnologia de eletrificação, tanto de 100% elétricos como de híbridos. No entanto, ainda por conta do desabastecimento de insumos, em especial de semicondutores, as nossas matrizes não conseguem nos entregar volumes mais expressivos”, diz o dirigente.
Foto: Divulgação
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