A venda de automóveis e comerciais leves usados superou 968 mil unidades em agosto, o que representou alta de 10,9% sobre julho. “Foi o melhor mês do ano”, comentou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr, ao divulgar os dados do mercado de usado nesta terça-feira, 6,.
“São dois meses seguidos de alta, nos quais as transações de usados tiveram seus melhores resultados até agora. O setor automotivo vem consolidando o movimento de recuperação, após um início de ano desafiador”, avalia o executivo, lembrando que a queda no comparativo interanual, que chegou a quase 30% nos primeiros meses de 2022, agora está em 16,6%.
Considerando todos os sementos – leves, pesados, implementos e motos – o mercado de usados registrou em agosto um total de 1.316.272 transações, volume 9% superior ao do mês anterior. No caso dos carros e utilitários, os modelos com até 3 anos de uso corresponderam a 11,7% do total transacionado no mês. No acumulado do ano, a participação desses veículos foi de 11%.
O segmento de caminhões, por sua vez, registrou a segunda maior elevação de todo o setor frente a julho, com alta de 14,3%, totalizando 34.234 unidades. As trocas de titularidade de implementos rodoviários, segundo a Fenabrave, são o destaque de agosto, com aumento de 18,7%, o melhor resultado do setor.
Os ônibus tiveram crescimento de 12,1%, somando 4.627 unidades transacionadas, melhorando o resultado positivo no ano (+7,8%). O mercado de motos usadas também registrou desempenho positivo (+9,3%) em agosto e no ano os negócios já somam 1.964.471 unidades, volume que só fica abaixo das trocas de titularidade de automóveis no País.
A Fenauto, que representa os lojistas multimarcas, também divulgou nesta semana estudo sobre o mercado de usados. Segundo a entidade, os veículos com 13 anos ou mais de uso foram os mais escolhidos dos consumidores, com 470.845 unidades comercializadas em agosto. Enilson Sales, presidente da entidade, acredita que até o final do ano o setor deve chegar próximo dos 14 milhões de veículos comercializados.
“Será um total inferior ao do ano passado, mas consideramos um resultado bom diante do histórico do mercado brasileiro, já que neste ano sofremos demais com falta do carro 0 km, a crise mundial pós Covid, a guerra da Ucrânia, o aumento dos combustíveis e, por fim, a polarização da política brasileira. Nossa expectativa ainda é moderada, mas otimista”, concluiu Sales.
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