Em volume total, o mercado de veículos leves registra queda no comparativo da primeira quinzena de setembro com igual período de agosto. Foram emplacados, respectivamente, 73.864 e 76.786 automóveis e comerciais leves, recuo de 3,8%.
Mas como este mês teve um dia útil a menos no período, por causa do feriado da Independência, a média diária de venda registra alta de 5,8% nesse mesmo comparativo, de 6.980 para 7.386, conforme dados preliminares fornecidos por fonte do varejo.
Setembro, com 21 dias úteis no total, ante os 23 do mês anterior, não deverá repetir o desempenho recorde de 2022 obtido em agosto, quando os emplacamentos superaram 194 mil veículos leves. A partir dos resultados da quinzena, a Bright Consulting – que divulgou nesta sexta-feira, 16, um texto de análise do período – mantém projeção de vendas próximas de 178 mil unidades em setembro. Ou seja, a queda nominal pode ficar na faixa de 8%.
A Fiat segue na liderança, com 15,3 mil licenciamentos na quinzena e 20,7% de participação. Na sequência vêm a General Motors (12,7 mil unidades e fatia de 17,3%), Volkswagen (11,3 nil e 15,3%), Hyundai (7,4 mil e 10%) e Toyota (6,9 mil e 9,3%).
De acordo com a Bright Consulting, vendas diretas na primeira quinzena de setembro ficaram em 47%, mesmo índice do mesmo período de agosto. Nornalmente essse porcentual cresce na segunda metade do mês, tanto é que nos 30 dias de setembro chegou a expressivos 53%.
O varejo vem sendo afetado pelos juros altos e o aumento da inadimplência, que chegou a 7% no mês passado, o dobro do índice normal do setor, conforme divulgado pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite. Com o recrudescimento da crise dos semicondutores a partir de agosto, a oferta de produtos cresceu, favorecendo principalmemte as vendas para grandes frotistas, em especial as locadoras.
Foto: Pixabay
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