A maior oferta de automóveis e comerciais leves nas concessionárias garantiu às marcas associadas da Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, um setembro bem mais alentador em vendas.
No mês passado, o setor negociou 3.469 veículos produzidos em outros países, um salto de 120% com relação aos emplacamentos de agosto e de 85,4% quando comparado a setembro de 2021.
“A disponibilidade de mais produtos proporcionou às nossas associadas atenderem à demanda reprimida observada nos últimos meses, em especial por conta da crise de semicondutores e abastecimento instável de produtos acabados. Setembro nos mostrou que, aos poucos, as matrizes começam a liberar seus produtos de exportação com mais regularidade”, analisa João Henrique de Oliveira, presidente da entidade.
Apesar dessa reação, o saldo após os nove primeiros meses de 2022 é negativo diante do desempenho de iguais meses do ano passado, já um período de vendas de baixa intensa.
Se de janeiro a setembro de 2021 os importadores negociaram 19.857 veículos trazidos de outros países, este ano foram somente 14.712 licenciamentos, um recuo da ordem de 26%.
Chama a atenção ainda que somente três marcas respondem por quase 70% das vendas registradas pelas onze associadas da entidade. A líder é a Kia, com 3.999 unidades entregues aos consumidores, seguida pela Volvo, que negociou 3.538 automóveis. A terceira colocada é a sofisticada Porsche, com 2.396 unidades.
Os números acumulados de 2022, portanto, continuam a sinalizar que o setor caminha para seu pior desempenho em 15 anos. Em 2007, as afiliadas da Abeifa acumularam 12,5 mil licenciamentos. Mesmo em 2020, com as medidas sanitárias que forçaram o fechamento das revendas durante semanas, o setor contabilizou 27,4 mil veículos negociados.
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