Mercado

No ano, mercado de veículos leves tem recuo de 5%

Apesar das maiores restrições ao crédito, Fenabrave ainda acredita ser possível crescer perto de 4% no ano

Apesar de pequena alta de 1,7% na média diária de venda em setembro com relação a agosto, o mercado de veículos leves segue com resultado negativo no acumulado do ano. Com 180.424 emplacamentos no mês passado, o segmento totalizou 1.395.158 unidades em nove meses, volume 5% inferior ao do mesmo período do ano passado, que atingiu 1.469.816, conforme dados divulgados nesta terça-feira, 4, pela Fenabrave.

Em número absolutos, o desempenho de setembro foi 7,1% inferior ao de agosto, até agora o melhor mês do ano, com 194.249 licenciamentos de automóveis e comerciais leves. Um recuo, segundo o presidente da entidade, José Maurício Andreta Jr., decorrente da diferença de dias úteis (21 em setembro ante 23 em agosto).

Na sua avaliação, o segmento caminha para  igualar este ano os números de 2021 (1,97 milhão de emplacamentos), corroborando a projeção da Fenabrave divulgada em julho. Ele não descarta, inclusive, a possibilidade desse mercado chegar a 2,06 milhões, conforme estimado em janeiro, registrando crescimento na faixa de 4,4%.

“A queda, que chegou a 24,8% no primeiro trimestre, vem diminuindo mês a mês”, lembrou Andreta. “O mercado de leves vem tendo bons resultaos a partir do 2º trimestre e acredito que podemos encerrar o ano próximo da estabilidade ou levemente positivo”, analisa Andreta Jr.

Sobre o alto índice de participação das vendas diretas no mercado total de leves – 52,6% em setembro -, o presidente da Fenabrave garante que esse índice não relete o que são considerados os negócios no atacado.

“Boa parte são vendas diretas são destinadas a produtores rurais, taxistas, PcD (pessoas com deficiência) e mesmo consumidores que são microempresários e, por isso, têm CNPJ. As vendas no atacado, aquelas feitas aos grandes frotistas e negociadas diretamente pelas montadoras, representam em torno de 30% das vendas totais”, garantiu Andreta, que não vê movimento de retração no varejo tradicional, conforme admitiu a Anfavea no mês passado.

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Com relação ao varejo, a Fenabrave admite que com os juros e a inadimplência em alta, as restrições ao crédito aumentaram – de cada 10 propostas, sete eram aprovadas em junho, número que baixou para seis agora. Mas Andreta diz que o movimento no varejo se mantém e ainda há cerca de 300 mil veículos com pedidos encaminhados na rede ou contemplados em consórcio, o que deve gerar números positivos neste final de ano.


Foto: Divulgação/Renault

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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