A produção local de semicondutores continua na pauta prioritária da atual direção da Anfavea e deve ser tema de medida provisória que o governo brasileiro está elaborando para edição em breve, conforme revelou o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, que esteve em missão no Japão há um mês para tratar dessa questão.
Ao divulgar os dados da indústria nesta sexta-feira, 7, o executivo revelou que o Brasil importa perto de US$ 12 bilhões a US$ 13 bilhões em chips por ano: “Calculo que desse total o setor automotivo responde por cerca de US$ 1,5 bilhão”.
Com relação à viagem para o Japão, o presidente da Anfavea informou que houve contato com duas empresas – a Renesas Electronics, uma das maiores fabricantes de chips no mundo, e uma que preferiu que seu nome não fosse revelado. Essa míssão a país asiático, coordenada pela CNI, Confederação Nacional da Indústria, teve participação também de autoridades do governo brasileiro.
No que diz respeito à MP, Leite disse que o próprio ministro da Fazenda, Paulo Guedes, revelou intenção de editar a medida provisória com incentivos à produção local de chips o mais breve possível: “A ideia para atrair investimentos externos nessa área é oferecer incentivos tributários relacionados a PIS e Cofins, assim como também para importação de partes e maquinários, além de linhas de financiamento”.
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O executivo lembrou que há oito fabricantes de chips no Brasil, mas todos de pequeno porte. Além disso, tem uma fábrica de maior porte em Ribeirão das Almas, em Minas Gerais – a Unitec -, que está inoperante, tem participação do BNDES e poderia ser adquirida para acelerar o processo de produção local.
Foto: Divulgação/Anfavea
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