Aprodução de veículos em setembro atingiu 207,8 mil unidades, volume 12,7% inferior ao de agosto, quando saíram das linhas de montagem total de 238 mil automóveis, comerciais leves, caminhôes e ônibus. Houve, no entanto, crescimento com relação ao mesmo mês do ano passado (174 mil unidades), de 19,3%, o que garantiu no acumulado do ano uma expansão de 6,3%.
Conforme dados divulgados nesta sexta-feira, 7, pela Anfavea, entre janeiro e setembro foram fabricados 1,75 milhão de veículos, ante 1,65 milhão o mesmo período de 2021. O desempenho negativo do mês passado, tanto na produção como em vendas, é atribuído ao menor número de dias úteis com relação a agosto – respectivamente, 21 e 23 dias. Os emplacamentos recuaram 7%, para 194 mil unidades, e as exportações caíram 39%, com 28,5 mil embarques.
Apesar das quedas de setembro, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, fez questão de passar uma mensagem de otimismo com relação ao comportamento do setor. Destacou, por exemplo, serem positivos todos os indicativos com relação a setembro de 2021, incluindo alta de 25,1% nas vendas internas e de 19,3% nas exportações.
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Também fez questão de mostrar os desempenhos trimestrais, garantindo que o período julho/sestembro representou um importante degrau na recuperação do mercado automotivo brasileiro neste ano, após um primeiro trimestre tímido, em função da falta de componentes eletrônicos, e de um segundo trimestre de início de melhora.
“Na soma dos meses de julho, agosto e setembro, a produção de autoveículos foi de 665 mil unidades, 11,6% a mais que no trimestre anterior”, informou Leite. Ele também lembrou que historicamente setembro não repete os bons números de agosto, destacando que no mês passado, em termos de vendas por dia útil, o setor teve o seu melhor desempenho no ano, com 9,2 mil emplacamentos.
O executivo admite que as restrições ao crédito preocupam, reforçando informação que havia divulgado no mês passado sobre maior volume de vendas à vista em detrimento dos negócios a prazo. Mas reafirmou posição de que o problema ainda é de oferta – por causa da crise dos semicondutores -, e não de demanda.
O presidente da Anfavea projeta um terceiro trimestre do ano bem melhor em relação ao mesmo período de 2021. Para atingir vendas internas da ordem de 2.140.000 – que representaria pequeno crescimento sobre 2021 (2.120.000), é preciso emplacar de outubro a dezembro total de 637 mil veículos.
“Esse volume ficou em 542 mil no ano passado e em 684 mil em 2020, quando a crise dos semicondutores ainda não era tão grave como no segundo semestre de 2021. Acreditamos ser viável atingir essas 637 mil unidades e zerarmos q queda do mercado interno que persiste no acumulado dos nove meses”, concluir Leite.
Foto: Divulgação/Jeep
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