A Scania adiantou as novidades que estarão sob holofotes na Fenatran 2022, agendada para o começo de novembro, em São Paulo. A principal delas é a plataforma Super, lançamento para o mercado europeu em novembro do ano passado, que incorpora novo desenvolvimento de motor, transmissão e eixos traseiros. Acompanha ainda a estrela da festa, a atual oferta aprimorada.
Com objetivo de garantir rentabilidade ao mesmo tempo em que reduz emissões, o Scania Super resulta de uma trajetória a partir do surgimento da nova geração de caminhões da marca, em 2019. A promessa agora é de entregar 8% a mais de economia de combustível em uma linha que já possibilitava redução de ao menos 20% no consumo em relação à geração anterior.
Para colocar o Super no mercado, a engenharia Sueca se debruçou cinco anos no projeto e investiu € 2 bilhões. Para a América Latina, a empresa aplicou mais R$ 1 bilhão em dois anos desenvolvimento. Atualmente, a Scania encaminha programa de R$ 1,4 bilhão para o período de 2021 a 2024 que já promoveu ampliação de fábrica de motores e novo centro de pesquisa em São Bernardo do Campo (SP).
“Poderíamos atender o Proconve P8 com os produtos que já temos na prateleira. Mas o motor a combustão interna movido a diesel, infelizmente, ainda será importante no sistema de transporte por décadas”, observa Christopher Podgorski, presidente e CEO da Scania Latin America.
O executivo entende que a indústria do transporte é parte do problema e, portanto, deve fazer parte da solução. Uma das frentes segue com surgimento de produtos com mais eficiência energética, o que se traduz em reduções de consumo de combustíveis e emissões, além de contribuir com o meio ambiente. “Temos o transporte como chave para o desenvolvimento econômico, social e sustentável”, resume.
A Scania é a primeira da indústria automotiva a ser signatária das metas do Science Based Target (SBTi), iniciativa alinhada com o Acordo de Paris. No horizonte, a fabricante tem objetivo de reduzir 20% da emissão de CO2 até 2025 com base em 2015 na frota circulante da marca.
As novidades apresentadas fazem parte do esforço para cumprir com o propósito. A partir do ano que vem, os atuais motores de 7, 9, 13 e 16 litros entregarão mais potência, porém, proporcionarão potencial de consumir 2% menos diesel em relação às ofertas da fase do Proconve P7 (Euro 5), produtos que já possibilitavam economia de 20%.
No portfólio, o motor de 7 litros oferece potências de 260 e 280 cv; o de 9 litros, 280, 320 e 380 cv; o de 13 litros 370, 450 e 500 cv, sendo que os dois últimos para caminhões de mineração. Para o V8 de 16 litros, a marca abandona a opção de 620 cv e incorpora potências de 660 e 770 cv, passando a dispor no País, o motor mais potente do mundo produzido em série.
Na linha com o conjunto Super, o motor de 13 litros terá opções para gerar 420, 460, 500 e 560 cv, associado a uma nova transmissão Opticruiser, agora com carcaça de alumínio, 75 kg mais leve em comparação à caixa feita de ferro fundido.
Pelas contas da Scania, ao considerar a redução de 8% no consumo de combustível proporcionada pelo trem de força Super em uma operaão que roda 130 km/ano, em média, deixará de consumir 3 mil litros diesel.
Ao ponderar uma frota circulante de 10 mil caminhões com as novas tecnologias, em comparação com outra de mesmo tamanho da atual geração, a Scania estima 8,4 toneladas a menos de CO2 emitido na atmosfera por veículo ao ano, além de deixar de ser gasto no sistema de transporte R$ 220 milhões.
A Scania ainda não definiu preço dos produtos. Segundo Silvio Munhoz, diretor de operações comerciais da Scania Brasil, há uma conversa a ser feita com a rede ainda neste mês. “Certo que ocorrerá aumento, mas de acordo com cada modelo modelo.”
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Foto: Scania/Divulgação
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