Indústria

Salão de Paris retorna como vitrine de poucas marcas

Com elétricos e híbridos, Renault protagoniza a mostra que foi realizada pela última vez em 2018

 

De Meo: SUV elétrico compacto chega em 2025.

O Salão de Paris está de volta após quatro anos. Em sua 89ªedição, estará aberto ao público a partir desta terça-feira, 18, vai até o domingo, 22, para reforçar que a preocupação número 1 das montadoras é a eletrificação de seus veículos, a número 2 também, a número 3 idem.

Mas, além dos elétricos e híbridos, a tradicional mostra ficará marcada este ano pela consolidação de uma tendência surgida ainda antes da pandemia: a gradativa redução do número de marcas presentes neste tipo de evento que  dominou o século passado e agora procura soluções para se manter atrativo aos olhos dos novos ocnumidores ou, até mais, usuários de automóveis.

Desta edição não participam, por exemplo, as alemãs Mercedes-Benz, BMW, Volkswagen, as tradicionais italianas e inglesas e nem mesmo a própria francesa Citroën, para ficar em uma lista reduzida que ainda envolve norte-americanas. Já é questionável o porquê da manutenção do “sobrenome” Mondial de l’Automobile, adotado desde os primórdios do evento criado ainda no fim do século XIX.

Renault Austral

Na prática, o Salão de Paris 2022 reúne muitas empresas de serviços de mobilidade e tecnologia, algumas marcas chinesas de automóveis ávidas ainda por criar imagem internacional, como BYD e GWM, e outra meia dúzia de ocidentais.

Mas como uma empresa local e “jogando em casa”, o Grupo Renault é o maior protagonista de 2022. As novidades de suas marcas Renault, Dacia e Alpine enfatizam que, pelo menos no curto e médio prazos, carros movidos a eletricidade ou híbridos são, de fato, as alternativas mais realistas para a mobilidade limpa.

Numa tacada só, o Grupo Renault apresentou vários modelos com essas tecnologias pelas mãos deseu CEO global Luca de Meo. O grande destaque, sem dúvida, é o renascimento do Renault 4, agora como SUV elétrico que chegará a diversos mercados mundiais em 2025 e produzido inicialmente na França. Em Paris, ele surgiu ainda como o conceito 4EVER Trophy, mas com a confirmação da arquitetura CMF-BEV, de veículos elétricos do segmento B.

Jeep Avenger

 

Ao lado do Mégane E-Tech, elétrico já conhecido e confirmado para o mercado brasileiro, estão sendo exibidos ainda o conceito R5 Turbo 3 E, esportivo elétrico e mais um resgate de nome histórico da marca ao lado do Renault 4, Scénic Vision, além do novo Kangoo E-Tech Electric e de mais um SUV para o segmento C: o Austral, híbrido escolhido como vitrine de tecnologias de assistência à condução.

A Stellantis, detentora de  mais de uma dúzia de marcas, está representada por apenas três marcas. A maior atração carrega o lototipo da Jeep e se chama Avenger, primeiro SUV totalmente elétrico 4×4 da marca. A Peugeot, em meio a uma farta gama de híbridos e elétricos, exibe seu novo 408. A DS, divisão de luxo criada a partir da Citroën, tem como atração o conceito elétrico E-Tense.


Foto: Divulgação

 

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

2025, o ano da decolagem dos eletrificados “made in Brazil”

Além da Toyota, Stellantis e BMW já iniciaram produção local. Outras marcas, incluindo as chinesas,…

% dias atrás

2024, um ano histórico para o setor automotivo brasileiro

100 mil novos empregos na cadeia e anúncio de investimento recorde de R$ 180 bilhões…

% dias atrás

XBRI Pneus anuncia fábrica em Ponta Grossa

Operação recebe aporte de R$ 1,5 bilhão e atenderá indústria e mercado de reposição com…

% dias atrás

Iveco avança em conectividade com o S-Way

Transporte rodoviário de carga

% dias atrás

2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades.

Em 2024 já faltou pouco para superar o resultado de 2019, último ano pré-pandemia; AEA…

% dias atrás

BMW produzirá seis novas motos em Manaus em 2025

Primeiro modelo chega às revendas no primeiro trimestre. Produção crescerá 10%.

% dias atrás