As atividades no chão das fábricas do Polo Industrial de Manaus (PMI) apresentaram pequena redução de 1,6% no ritmo da produção de motocicletas em outubro em relação a setembro, com 137,3 mil ante 139,6 mil unidades. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a indústria produziu 108,4 mil motos, a alta foi de 26,6%.

Pelo balanço da Abraciclo, apresentado na quinta-feira, 10, apesar do recuo, a produção somou o terceiro maior volume do ano, atrás de agosto (145,8 mil unidades) e de setembro (139,6 mil).

No acumulado dos dez meses, a indústria de motocicletas produziu perto de 1,2 milhão de unidades, crescimento de 19,3% sobre o volume apurado entre janeiro e outubro do ano passado, de 1 milhão de unidades.

A projeção da associação que representa do segmento é de encerrar o ano com uma alta na produção próxima a 19%, para 1,42 milhão de motocicletas.

Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, observa que a indústria do setor segue em expansão, especialmente porque o uso da motocicleta é cada vez mais visto como uma alternativa de transporte acessível, ágil e econômico.

“Além disso, a motocicleta é utilizada como instrumento de trabalho para os que atuam nos serviços de entrega e para aqueles que querem complementar a sua renda.”

No varejo, as vendas em outubro somaram 120,2 mil motocicletas, volume 2,7% inferior ao de setembro, com 123,6 mil licenciamentos, mas 24% maior quando confrontado com o desempenho do mesmo mês do ano passado, de 97 mil emplacamentos.

Com as vendas parciais do mês passado, os licenciamentos até outubro somaram 1,10 milhão de unidades, alta de 18% na comparação ao volume acumulado de um ano atrás, de 937,7 mil motocicletas. Segundo a Abraciclo, o resultado registra o melhor desempenho de janeiro a outubro desde 2014.

Segundo Fermanian, o ritmo das vendas segue trajetória de alta com fila de espera de consumidores até o fim do ano, em especial modelos de baixa de cilindrada e scooters, lembrando que “teremos férias coletivas em dezembro, o que deverá reduzir o volume de produção”.

Se as atividades nas fábricas e no mercado interno seguem em expansão, não se pode dizer o mesmo das exportações. Em outubro, pouco mais de 4 mil motocicletas embarcaram para fora do País, volume 30,1% inferior ao de setembro (5,7 mil) e 3,2% menor na comparação com os embarques de um ano atrás, de 4,1 mil unidades.

No acumulado até outubro, a indústria de Manaus exportou 47,7 mil motocicletas, pequena alta de 1,6% sobre as 46,9 mil unidades embarca há um ano.

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Foto: José Paulo Lacerda/Yamaha/Divulgação

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