A Chevrolet iniciará uma nova e importante fase no mercado brasileiro de comerciais leves em 1º de dezembro. Nesse dia a marca apresentará a Nova Montana, picape que chegará às revendas somente no primeiro trimestre, mas que poderá ser adquirida antes, a partir de dezembro, por regime de pré-venda.
Os consumidores que desejarem comprar a picape já podem inclusive fazer o cadastro no site da Chevrolet. Além de receber mais detalhes sobre a ação, os inscritos ainda poderão reservar o veículo com uma hora de antecedência em relação à abertura oficial da pré-venda, também no primeiro dia do mês que vem.
A Montana surgiu no Brasil há duas décadas, então derivada do hatch compacto Corsa e depois do Ágile. Saiu de linha há cerca de um ano para renascer agora apenas com o mesmo nome em comum.
O futuro modelo 2023 é bem maior do que os das duas primeiras gerações, foi desenvolvida para disputar o segmento de picapes médias, inédito para a centenária marca no Brasil, hoje representada apenas pela grande S-10.
A missão também é outra com relação às antigas Montana. Se as anteriores nunca chegaram a brigar pela ponta das vendas de compactas, a 2023 tem a pretensão de liderar entre as médias. Para isso deverá suplantar os licenciamentos da Renault Oroch e da Fiat Toro, os dois únicos produtos do mesmo porte.
Não se trata, porém, de tarefa simples, especialmente com relação ao embate com a Toro. Se a representante da Renault deu origem ao subsegmento, em 2015, já no ano seguinte ganharia a concorrência da Toro, que desde então consolidou-se na ponta das vendas.
De janeiro a outubro, a picape da Fiat acumulou 41,8 mil unidades vendidas, enquanto a Oroch somou 9,4 mil. A média mensal da Toro de mais de 4 mil unidades é, portanto, a base sobre a qual a General Motors deve estar trabalhando para permitir que a Nova Montana figure no topo.
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A Nova Montana é fabricada sobre a plataforma GEM (Global Emergent Market, presente já no Onix e SUV Tracker. Produzida em São Caetano do Sul, SP, será fator importante pra a General Motors recuperar participação no mercado interno.
A montadora hoje tem 14,8% das vendas de veículos atrás somente da Fiat, que lidera com 22%, mas cai para a terceira colocação e para 7% de particiação quando considerados somente os emplacamentos de comerciais leves.
Foto: Divulgação
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