Ao participar da inauguração do Way To Zero Center, unidade de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis e tecnologias afins na fábrica de São Bernardo do Campo, SP, o chairman executivo da Volkswagen na América do Sul, Alexander Seitz, revelou projeto conjunto com a Skoda e a Volkwagen Índia para o desenvolvimento de um veículo híbrido de entrada, com uso tanto de etanol como de gasolina.
Desenvolvida a partir da MQB A0, a nova plataforma híbrida conjunta da VW e Skoda visa oferecer produtos que atendam as necessidades dos consumidores dos mercados sulamericanos, do africano e também de países europeus onde é grande a procura por modelos de entrada, caso, por exemplo, da Itália e da Espanha.
De acordo com Zeitz, o híbrido tanto poderá utilizar gasolina como etanol. “Como já temos flex no Brasil, certamente esse motor está sendo contemplado. O objetivo é ter um produto financeiramente viável, com produção local da maior parte das peças”.
O executivo não quis especificar datas para um eventual lançamento, mas admitiu ser num “futuro próximo”. Questionado ser seria o primeiro híbrido de entrada do Brasil, simplesmente comentou não estar a par dos planos das concorrentes.
Certo é que os híbridos produzidos por aqui até o momento, pela Toyota e Caoa Chery, são SUVs e sedãs não destinados ao público de menor poder aquisitivo, o que também ocorre com a oferta de modelos do gênero importados. Um híbrido de entrada certamente contribuiria para elevar volumes de venda no mercado brasileiro, principalmente se for produzido a partir de parcerias como fornecedores instalados no País.
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Seitz assumiu recentemente a posição que era de Pablo Di Si, transferido para os Estados Unidos. O executivo alemão trabalhou na unidade brasileira durante 10 anos e, na sequência, esteve 5 anos na China e outros 5 anos na Alemanha. Casado com um mineira, ele mostrou-se satisfeito por retornar ao País.
Questionado sobre o legado de Di Si quanto à defesa ferrenha do etanol brasileiro, Seitz comentou que cada executivo tem seu próprio estilo: “Meu objetivo é trazer novas tecnologias mas sempre de olho na viabilidade financeira. Sou defensor de uma visão global a partir sempre da buscar atender os desejos dos clientes”.
Lembrou que a Volkwagen desenvolve uma plataforma para veículos elétricos de entrada que deverá chegar ao mercado europeu em 2025. “Vamos estudar quando trazer essa plataforma para o Brasil”, destacou o chairman, deixando claro posição a favor da convivência de diferentes tecnologias nos diferentes mercados.
Foto: Divulgação/VW
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