O último mês do ano para a indústria de caminhões será desafiador em uma corrida para entregar os volumes de venda de veículos Euro 5 comprometidos em 2022. Afinal, a partir de janeiro as fabricantes não poderão mais produzir produtos da atual fase da norma ambiental.
Segundo Luiz Carlos Mores, vice-presidente da Anfavea, ainda que a crise relacionada a falta de semicondutores se mostre menos acentuada, a dificuldade ainda persiste.
“Não há mais longas paradas das linhas, mas desafios diários para cumprir com a programação. Uma das prioridades é concluir os veículos incompletos que estão nos pátios das montadoras para entregar ainda este o ano o máximo possível”, resumiu o dirigente durante apresentação do balanço do setor automotivo, na quarta-feira,7.
Moraes pondera que não há tempo hábil para todas as entregas e, certamente, avançarão ao longo dos primeiros meses de 2023, “conforme permite a legislação, com os veículos faturados ainda este ano”. Ele lembra, no entanto, que ausência de férias coletivas esse ano em muitas fabricantes, antecipadas ao longo do ano justamente por falta de componentes, joga a favor.
Os números registrados no mês passado revelam as dificuldades no chão das fábricas, mas longe de preocupantes. Em novembro, a produção de caminhão somou 15,1 mil unidades, recuo 3% em relação a outubro, quando registrou 15,2 mil caminhões, mas 5,2% superior ao volume anotado no mesmo mês do ano passado, de 14,3 mil unidades.
Nos onze primeiros meses, o volume alcançado ficou ligeiramente acima da produção do mesmo acumulado do ano passado com 147,3 mil caminhões, o que representou leva alta de 0,7%
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Foto: Mercedes-Benz/Divulgação
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