A Volvo encerrou o ano passado com um desempenho vitorioso, especialmente porque as limitações impostas pela escassez de componentes fizeram da rotina de todas as fabricantes de caminhões um desafio diário para dar conta da demanda.

A marca sueca, no entanto, como a terceira do ranking geral chegou ao fim de dezembro mais uma vez na liderança de pesados e, pela primeira vez, também à frente das vendas de semipesados, as duas categorias das quais participa no mercado.

De acordo com os dados de licenciamentos consolidados pela Fenabrave, enquanto as vendas de caminhões pesados e semipesados – fatia que representou 78,5% do mercado total – registraram leve queda de 0,5%, com 97,7 mil unidades, a fabricante de Curitiba (PR) cresceu 10,9% ao entregar perto de 24,1 mil caminhões.

Contribuíram com o resultado o FH 540, líder dos emplacamentos de pesados pela quarta vez consecutiva, além de mais uma vez se posicionar como o caminhão mais vendido do mercado. No ano passado, o modelo somou 8,3 mil licenciamentos, o que representou 13,1% das vendas da categoria.

Em semipesados, o outro segmento de atuação da marca, o VM 270 superou as vendas do Volkswagen Constellation 24.280, até o ano passado um líder de tradição na faixa. Os emplacamentos do caminhão da Volvo acumularam mais de 4,7 mil unidades, enquanto os do modelo da VWCO chegaram perto de 3 mil, respondendo por 13,8% e 8,6%, respectivamente, das vendas da categoria de 34,3 mil unidades.

A VWCO é outra que sai vitoriosa pela liderança nas vendas gerais de caminhões no ano passado com 27,7% de participação, mas em queda acima do mercado. Presente em todas as categorias, a fabricante de Resende (RJ) computou 34,5 mil unidades vendidas, volume perto de 8% em relação aos emplacamentos de 2021, de 37,4 mil caminhões. O mercado, no entanto, caiu 2,1% com 124,5 mil unidades licenciadas.

Por diferença de apenas 266 unidades a menos que a VWCO, a Mercedes-Benz garantiu a vice-liderança com desempenho semelhante ao da rival. As vendas da marca de São Bernardo do Campo em 2022 recuaram também próximo a 8% com 34,5 mil emplacamentos, volume que representou 27,5% das vendas totais de caminhões.

Ainda que prejudicada com longas interrupções produção no primeiro semestre, a Scania consegui garantir o quarto lugar do ranking de vendas. A marca, no entanto, embora atue em pesados e semipesados, praticamente concentrou negócios na primeira categoria. As 13,2 mil unidades que a fabricante entregou no ano passado, representaram queda 15,3% em relação ao volume de 2021, de quase 15,6 mil unidades. Os emplacamentos proporcionaram à Scania participação de 10,6% do mercado total.

Depois da Volvo, somente a Iveco e a DAF registraram crescimento nas vendas em 2022. Ao contabilizar 10,6 mil caminhões emplacados, fabricante de Sete Lagoas (MG) anotou expansão de 23,9%, o maior índice dentre as marcas, o que garantiu participação de 8,58% nas vendas totais. Já a DAF, a sexta fabricante do ranking, anotou alta de 21,3% nas vendas com quase 6,8 mil caminhões emplacados ou 5,45% do mercado.


Foto: Volvo/Divulgação

Décio Costa
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