Mercado

Pé no freio no mercado de veículos leves

Primeira quinzena de janeiro tem volume inferior ao do mesmo período dos últimos dois anos

Omês de janeiro, tradicionalmente, é mais fraco do que dezembro, normalmente um dos melhores períodos de venda do setor automotivo brasileiro. É factível, assim, uma queda nesse comparativo, como sempre ocorre na virada do ano. Mas um recuo em relação ao mesmo período do ano anterior já preocupa, pondendo indicar uma efeteiva desaceleração do mercado.

E é o que sinaliza o balanço da primeira quinzena deste mês. Conforme dados preliminares divulgados por uma fonte do varejo, foram 55,6 mil emplacamentos de automóveis e comerciais leves, descréscimo de 6% cm relação aos primeiros 15 dias de janeiro de 2022. Vale lembrar que no início do ano passado o setor enfrentava problemas com falta de semincodutores em nível bem maior do que o atual. Essa dificuldade foi mais acentuada em todo o primeiro semestre e começou a ser menor na segunda metade de 2022.

No comparativo com a primeira quinzena de dezembro, quando foram licenciadas 74,7 mil unidades, o recuo é de 25,5%. E se o comparativo for com os primeiros 15 dias de janeiro de 2021 (74,7 mil unidades), a queda chega a 30%, demonstrativo claro de que o mercado brasileiro de veículos leves começa 2023 em ritmo inferior ao dos últimos dois anos, já no período pós eclosão da pandemia da Covid-19.

Pode até haver uma reversão do quadro neste segundo período do mês, visto que o índice de 6% é relativamente baixo. Mas os números certamente trazem preocupações. Ao divulgar o balanço de 2022 e as projeções para 2023, tanto Fenabrave como Anfavea foram conservadoras em seus índices. A entidade que representa os concessionários disse prever estabiliade, enquanto a associação das montadoras aqui instaladas não descartou a possibilidade de pequeno crescimento no mercado de leves este ano.

LEIA MAIS

Conservadora, Anfavea entrega agenda prioritária ao governo

Para a Fenabrave, 2023 será igual a 2022, que repetiu 2021

Mas as duas mostraram preocupação com a questão do crédito, cada vez mais escasso e com juros cada vez maiores. Segundo o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, em nenhum lugar do mundo as vendas à vista respondem por 70% dos negócios automotivos, como ocorre atualmente no Brasil. Um dos pedidos da entidade ao governo é no sentido de haver uma redução no custo do crédito a fim de viabilizar mais negócios financiados no mercado automotivo brasileiro.

No segmento de leves, os modelos mais vendidos na primeira quinzena de janeiro deste ano foram Hyundai HB-20, Fiat Strada, Chevrolet Onix e Tracker e Hyundai Creta.


Foto: Pìxabay

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

Demanda por caminhões esfria com as taxas de juros elevadas

Licenciamentos em abril foram 14% menores no confronto mensal com o ano passado

% dias atrás

Carros da China dominam México com ajuda da GM

Montadora aumenta importações de suas fábricas na China e puxa invasão de marcas chinesas concorrentes.…

% dias atrás

Hyundai passa a Toyota e assume 4º lugar em abril

No Top 5, a Fiat ganha participação, VW fica estável e GM se distancia cada…

% dias atrás

VW Polo supera Strada e lidera ranking de modelos em abril

Picape da Fiat segue na liderança no acumulado do ano, com 39.373 emplacamentos

% dias atrás

Mercado de ônibus cresce acima de 24% no primeiro quadrimestre

Programa da Caminho da Escola e recuperação do transporte público impulsionam as entregas

% dias atrás

Acea: venda de veículos comerciais recua 12% no 1º trimestre.

Na Europa, apenas o segmento de ônibus encerrou o período em crescimento

% dias atrás