Versão única tem propulsão híbrida e, afirma a fabricante, faz 18,3 km/l na cidade
A Honda parece que abriu mesmo mão da histórica disputa que travou com a Toyota desde que ambas começaram a oferecer seus automóveis aqui. No ano passado, a concorrente vendeu praticamente três vezes mais e alcançou 9% dos licenciamentos de automóveis de passeio enquanto a Honda não ultrapassou 3,6%.
A Toyota tem sua grande força no Brasil com o Corolla, que, com 42,9 mil unidades, respondeu 30% das vendas de automóveis da marca e 75% dos emplacamentos de sedãs médios em 2022.
O representante da Honda na categoria, o Civic, deixou de ser fabricado no Brasil no fim de 2021 e teve somente 2 mil unidades vendidas no ano passado, volume residual do que fora produzido aqui.
O modelo, entretanto, retorna oficialmente às revendas esta semana, agora em sua 11ª primeira geração e importado da Tailândia. A versão única, dotada de motorização híbrida e sem opcionais, custa salgados R$ 244,9 mil. Produzido aqui, o Corolla tem seis versões a partir de R$ 147 mil até pouco mais de R$ 190 mil — a mais cara, também híbrida.
A despeito dos aspectos técnicos e de desempenho, a diferença superior a 20% para a versão mais sofisticada do concorrente evidencia que a Honda não quer o Civic fazendo frente ao Corolla — algo que, diga-se, poucas vezes ocorreu ao longo de três decadas com importação ou produção local — e sim posicioná-lo em um patamar acima, competindo inclusive com as chamadas marcas premium.
É uma aposta, mas dificilmente o consumidor fará essa distinção após tantos anos de duelos diretos. Mesmo que o Civic 2023, agora um pouco maior, seja absolutamente diferente da última geração produzida aqui e disponha de tecnologias superiores. Mas o design, claramente, voltou a ser mais conservador, bem ao gosto dos compradores do … Corolla!
O grande destaque do novo sedã é mesmo o conjunto de propulsão, conhecido como e:HEV e composto por dois motores elétricos — um prioritário para impulsionar o carro e que desenvolve 184 cv, e outro que atua como gerador para conjunto de baterias de íons de lítio — e um a combustão de 2 litros a gasolina que atuará somente eventualmente, e ainda assim em situações de maior eficiência. O consumo declarado é 18,3 km/l na cidade e 15,9 km/l na estrada.
A segurança passiva do motorista e passageiros tem seu ponto alto no pacote Honda Sensing, pela primeira vez oferecido aqui no sedã médio e com melhorias no piloto automático adaptativo e no assistente de faixa, enquanto o conforto e conectividadade são assegurados pelo myHonda Connect, que conecta o motorista ao carro via aplicativo no smartphone.
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O Civic tem frenagem automática de emergência, comutador de farol-alto automático, sete airbags, assistente de partida em rampas, lembrete de objetos no banco traseiro, monitor de atenção do motorista e sensor de pressão dos pneus. Faróis e lanternas são em LED e há sensores de chuva e de luz, partida remota, teto-solar, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e câmera de ré.
Com garantia de 8 anos ou 160 mil quilômetros rodados, o Civic e:HEV é a primeira grande novidade da marca em 2023, mas não a única. Até o encerramento do ano, a Honda promete colocar nas revendas pelo menos mais três veículos: o SUV médio ZR-V, o CR-V híbrido e o Civic esportivo Type R que — será outra mera coincidência? — terá como um dos concorrentes o também inédito esportivo GR Corolla anunciado pela Toyota.
Foto: Divulgação
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