Indústria

As novas projeções do Sindipeças para 2023

Setor prevê receita líquida de R$ 202,7 bilhões este ano, com alta de 6,1% sobre 2022

O Sindipeças atualizou em seu site oficial os números de 2022 e as projeções do setor para 2023. A receita líquida da indústria de componentes automotivos totalizou R$ 191 bilhões no ano passado, com alta de 8,5% sobre o anterior (R$ 176,1 bilhões). A estimativa para este ano é chegar a R$ 202,7 bilhões, com novo crescimento interanual, na faixa de 6,1%.

O indice é um pouco maior do que o projetado anteriormente, de 5,5%, mas a base de 2022 foi revista para cima, ou seja, o faturamento acabou sendo maior do que o estimado. As montadoras devem responder por 66,1% das vendas das autopeças, ante índice de 65,1% em 2022, e também o mercado de reposição tende a ter participação ampliada, de 18,4% para 19,4%.

Os negócios intrasetoriais serão responsáveis por 4,5% das transações da indústria de autopeças, ante índice de 4,2% em 2022, enquanto a fatia das exportações deve cair de 13,5% para 10,1%.

Pelas projeções do Sindipeças, as vendas externas chegarão a US$ 8,5 bilhões, crescimento de 6,3%, e as importações ficarão próximas de US$ 17,5 bilhões, decréscimo de 12,1%. Com isso, o défici comercial será reduzido em 24,4%, baixando de US$ 11,9 bilhões para US$ 9 bilhões.

Outro dado positivo refere-se ao quadro de mão de obra no setor. Houve expansão de 4,2% ano ano passado, para 277,7 mil colaboradores, e a aposta é de continuidade nas contratações, com pequena alta de 0,5% para 279,1 mil trabalhadores.

Vale lembrar que a Anfavea, que representa as montadoras, estima crescimento também modesto para este ano, na faixa de 2,2% e 3% na produção e no mercado interno, respectivamente. A Fenabrave, por sua vez, acha que no máximo haverá estabilidade no número de emplacamentos.

LEIA MAIS

Conservadora, Anfavea entrega agenda prioritária ao governo

Para a Fenabrave, 2023 será igual a 2022, que repetiu 2021

Os investimentos, segundo as últimas projeções, serão um pouco menores em 2023, girando em torno de US$ 1,1 bilhão, ante o total de US$ 1,3 bilhão do ano passado.

A entidade já havia explicado anteriormente que os aportes de 2022 contemplaram a mudança da tecnologia Euro 5 para a Euro 6 nos caminhões produzidos por aqui, razão do decréscimo previsto para 2023. O investimento de 2021 foi de US$ 1,14 bilhão, ou seja, próximo ao estimado para o atual período.


Foto: Pixabay

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

Volvo garante cinco estrelas no primeiro Truck Safe do Euro NCAP

Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…

% dias atrás

Dulcinéia Brant é a nova VP de compras da Stellantis na região

Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa

% dias atrás

Automec 2025 terá 700 expositores de outros países

É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…

% dias atrás

Stellantis apresenta a STLA Frame para veículos grandes

Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km

% dias atrás

Com fraco desempenho de elétricos, mercado europeu cresce 0,7% em 2024

Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027

% dias atrás

Mercedes-Benz negocia 480 ônibus para BH

Transporte de passageiros

% dias atrás