Ao divulgar o balanço das vendas de janeiro na terça-feira, 7, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, deixou bem claro que apesar de menos crítica hoje do que há um ano, a crise dos semicondutores ainda não acabou de vez. Nem sempre as montadoras divulgam o real estágio do problema enfrentado, mas a administração diária da logística de produção ainda segue complexa.

Nesta quarta-feira, 8, a Volkswagen confirmou a concessão de férias coletivas aos seus colaboradores da fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP),  a partir do próximo dia 22 até 3 de março.

A empresa evitou admitir textualmente a falta de semicondutores, alegando que “os dias de parada já estavam programados desde o ano passado e fazem parte da estratégia da montadora de flexibilização nos processos produtivos devido ao fornecimento de componentes.”

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O problema, certamente, não é tão grave como há um ano, mas também a Stellantis, ao comentar volume menor de venda do Jeep Renegade nos últimos meses de 2022, admitiu que as dificuldades de equalização da produção em Goiana, PE, devido à falta de componentes vinha afetando a oferta do modelo.

Apesar de dificuldades pontuais ainda existentes, desde meados do ano passado houve redução substancial no movimento de paralisação de fábricas por falta de semicondutores. Fenabrave e Anfavea, inclusive, atribuem o desempenho positivo de janeiro no comparativo interanual aos baixos estoques nas concessionárias no início de 2022 exatamente em decorrência da produção reduzida das montadoras em geral.


Foto: Divulgação/Volkswagen

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