Indústria

Indústria de motos inicia 2023 com o pé no acelerador

Apesar da alta de quase 50% na produção, ainda há fila de espera para modelos de baixa cilindrada e scooters

Após um 2022 marcado pela produção aquém da demanda, a indústria de motocicletas inicia o 2023 imprimindo forte velocidade no ritmo de oferta de produtos para o mercado brasileiro, conforme revela balanço divulgado pela Abraciclo nesta segunda-feira, 13.

As empresas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) fabricaram 122.867 unidades em janeiro, volume que representou expressivas altas de, respectivamente, 46,7% sobre o mesmo mês do ano passado (83.743 motocicletas) e de 44,4% em relação a dezembro (85.117 unidades).

Segundo o levantamento da Abraciclo, foi o melhor resultado para o mês desde 2014, quando 146.557 motocicletas saíram das linhas de montagem do PIM.

“É o primeiro janeiro dos últimos três anos que a indústrica conseguiu operar normalmente”, comenta o presidente da entidade, Marcos Fermanian. “Tanto o início de 2021 como o de 2022 foram marcados pela pandemia, que impôs restrições ao funcionamento das fábricas e freou a produção. Agora estamos consequindo acelerar o ritmo de produção para atender a demanda que se mantém em alta”.

A expectativa da indústria de veículos duas rodas e atingir produção de 1.550.000 unidades em 2023, o que representará crescimento de 9,7% na comparação com as 1.413.222 unidades emplacadas no ano passado.

LEIA MAIS

Sudeste perde participação no mercado de motos

Pé no freio no mercado de veículos leves

“A motocicleta representa hoje uma ótima opção para deslocamentos urbanos, pois é ágil, tem baixo custo de manutenção e é fácil de estacionar. Além disso, pode ser utilizada como instrumento de trabalho ou para complementar a renda para quem atua nos serviços de entrega. Diante desse cenário, são claros os sinais de manutenção do cenário positivo ao longo deste ano”, destaca Fermanian.

Conforme revelou a Fenabrave na semana passada, as vendas em janeiro totalizaram 110.561 motocicletas, expansão de 23,3% em relação ao mesmo mês de 2022 (89.661 unidades). Acompanhando movimento sazonal do mercado automotivo como um todo, o resultado é 16,4% inferior ao de dezembro (132.204).

Como o aumento da produção neste início de ano, a expectativa do setor é regularizar abastecimento nos próximos meses. No momento, ainda persistem as filas de espera por modelos de baixa cilindrada e para as scooters. A Street liderou o ranking das categorias mais emplacadas, com total de 58.423 licenciamentos no mês passado.

Também as vendas externas cresceram em janeiro. Foram 4.265 embarques, alta de 28,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado (3.328 unidades) e de 8,6% em relação a dezembro (3.926 motocicletas).


Foto: Pixabay

Compartilhar
Publicado por
Redação AutoIndústria

Notícias recentes

Fatia dos carros chineses atinge 6% e venda de nacionais fica estagnada

Por causa da facilidade para importar, marcas chineses estão adiantando planos de produção local, diz…

% dias atrás

Exportações avançam 48% no 1º quadrimestre impulsionadas pela Argentina

Participação do país vizinho nas remessas brasileiras saltou de 35% para 59% em um ano

% dias atrás

Produção de veículos avança 20% em abril e é a maior em seis anos

No quadrimestre, volume superou 811 mil unidades. Setor abriu 7,5 mil vagas em um ano,…

% dias atrás

Segmento de caminhões acende sinal de alerta na Anfavea

Queda na demanda impacta em ajuste na produção em ritmo 5,5% menor em abril

% dias atrás

Fiat lidera o mercado de SUVs híbridos em abril

Marca também é primeira colocada nos segmentos de picapes, hatches e vans.

% dias atrás

Demanda por veículos 100% elétricos despenca 15% até abril

Fenabrave atribui queda aos gargalos de infraestrutura, que acabam favorecendo os híbridos, cujas vendas cresceram…

% dias atrás