Brasil é o primeiro da fila na América do Sul em projeto que foca eletrificação de ônibus e caminhões pesados
A BAE Systems, empresa dedicada às tecnologias de propulsão elétrica, avança no Brasil com negociação com cliente local para fornecimento de sistemas de bateria em veículos pesados.
Em visita ao País durante a semana, Steve Trichka, vice-presidente da companhia, revelou que falta apenas assinatura de contrato com o cliente, o qual prefere manter em segredo por pacto de confidencialidade. “Um protótipo de caminhão espera apenas cabos de alta voltagem para ficar pronto.”
O modelo, de acordo com a expectativa de Trichka, deverá ser apresentado na próxima edição da BusWorld Latin America, na Argentina, entre os dias 14 e 16 de junho. Embora especializada em ônibus, o executivo acredita que a feira seja oportuna, porque o mesmo sistema também se aplica ao ônibus.
Segundo Trichka, o projeto já deveria estar bem mais adiantado, mas foi adiado em virtude da escassez de componentes. Só no ano passado, a companhia deixou de entregar um terço dos volumes frequentes de sistemas, na casa de 2 mil unidades/ano. Em 2023, deverá 1,8 mil.
“Em muitas ocasiões, até mesmo a falta de componentes baratos, de US$ 2, como capacitadores, impediu a entrega. Como nossos volumes são menores, os fornecedores priorizaram a indústria com maior demanda.”
A BAE System tem forte presença nos veículos pesados, especialmente, ônibus, na América do Norte e Europa. Dentre as parceiras, reúne nomes como New Flyer, Eldorado, Nova Bus, Gillig, Hometown, SolarisBus, Iveco e Alexander Dennis. Somente na cidade de Nova Iorque rodam por volta de 1,7 mil ônibus equipados com tecnologia de propulsão eletrificada da empresa.
Consolidada em mercado maduros, Trichka pondera que a América do Sul se mostra como motor para crescer. “O desafio é o preço. Enquanto um ônibus elétrico nos Estados Unidos custa US$ 500 mil, uma vez e meia em comparação ao diesel, aqui custa três vezes mais.”
Foto: BAE Systems/Divulgação
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