Limites mais severos de emissão de poluentes estabelecidos pelas normas do Euro 7, previsto para vigorar na Europa a partir de 1º de julho de 2025 para veículos leves, não faz sentido. Assim, entende Carlos Tavares, CEO da Stellantis.
Para o executivo, em conversa com imprensa especializada após apresentação dos resultados da companhia, na quarta-feira, 22, o aperto na legislação do controle de poluentes desviaria recursos de projetos de eletrificação justamente em momento no qual a indústria automotiva se esforça para produzir carros elétricos mais acessíveis.
“Não é útil, é caro, não traz benefícios para os clientes, não traz benefício ambiental”, resumiu Tavares para a agência Automotive News. “A parte da emissão do motor de combustão interna é algo que simplesmente não faz sentido.”
Não é primeira vez que o executivo questiona os padrões do Euro 7, desde que foi estabelecido pela Comissão Europeia, em novembro de 2022. Para ele, será perda de tempo e dinheiro, pois adequar os veículos exige alto investimento para um horizonte no qual a União Europeia pretende banir os carros movidos a combustível fóssil a partir de 2035.
Pela norma, as montadoras terão de garantir redução de 35% na emissão de óxido de nitrogênio e em 13% as emissões de partículas.
O chefe da Stellantis, no entanto, elogia a redução de 27% das partículas provenientes dos freios, bem como dos microplásticos dos pneus, novidades propostas no rol das novas regras do Euro 7.
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Foto: Stellantis/Divulgação