Modelo sem opcionais custa R$ 209 mil somente por venda direta, valor para todo o Brasil e que inclui frete e cor
A chinesa GWM, Great Wall Motors, começará a produzir seus veículos em Iracemápolis, SP, a partir do primeiro semestre de 2024, mas os esforços para a formação da imagem de marca já estão a pleno vapor. Passo importante foi dado nesta terça-feira, 7 , quando a empresa revelou os preços de três versões do SUV médio Haval 6.
O primeiro produto da montadora já vinha sendo oferecido nas versões híbrida plug-in Premium e GT apenas para pré-reserva há algumas semanas, mas sem o valor final definido para os consumidores, que ainda assim se dispuseram a desembolsar R$ 9 mil para assegurar o pedido via Mercado Livre.
Com o lançamento oficial da HEV, ou seja, híbrida convencional, autorrecarregável, foram divulgados também os valores pedidos pelas duas outras versões superiores. O único catálogo da HEV, sem qualquer opcional ou custos adicionais de cor e frete, sai por R$ 209 mil em todo o Brasil, comprado fisicamente numa revenda ou pela internet.
É o que acontece também com o H6 Premium, com preço definido para qualquer região em R$ 269 mil e com o esportivo GT, que custa R$ 299 mil. Oswaldo Ramos diretor comercial da GWM, diz que a empresa absorveu custos para poder manter o preço idêntico em todas as loalidades, a despeito da logística de transporte e diferenças tributárias entre os estados.
“Não existe mais preço sugerido, o famoso custa a partir de”, enfatizou executivo, ressaltando que todos os veículos serão faturados diretamente da montadora para o consumidor.
Esse novo modelo de faturamento, afirma Ramos, elimina a agregação de custos financeiros por parte dos revendedores, que estarão livres dos estoques e se responsabilizarão pela entrega do carro e até pelo recebimento de um usado como parte de pagamento. “E serão remunerados como foram até hoje.”
Os atuais preços das três versões do SUV, que tem pretensão de concorrer com modelos como consagrados como Jeep Compass ou Toyota Corolla Cross, estão assegurados até 31 março no regime de pré-venda e que segue demandando sinal de R$ 9 mil. Os primeiros compradores receberão seus veículos em abril e, se desejarem, entregues em casa.
A versão H6 HEV, mais acessível, combina motor 1.5 turbo a gasolina a um elétrico, conjunto que, segundo a fabricante, desenvolve 243 cv e permite aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos. O consumo indicado é de 13 km/l, segundo a marca — o Jeep Compass com motor 1.3 flex de 185 cavalos custa R$ 185 mil e faz 10,9 km/l.
Seja a híbrida convencional ou as plug-in o consumidor não terá do que reclamar da tecnologia embarcada e itens de série de conforto, conectividade e segurança.
As três são completas e incorporam, dentre muitos outros recursos, painel digital, controle de velocidade adaptativo, sistema de frenagem de emergência, câmeras 360 graus, assistente de tráfego cruzado, de permanência em faixa de rolagem e sensores de ponto cego. Há sistema de ré automático, reconhecimento de placas de trânsito e assistente de estacionamento para vagas paralelas e em 90°.
A GWM assegura gratuidade para as duas primeiras revisões e até manutenção do veículo no próprio endereço do proprietário, além de carro reserva se a operação exigir mais de 24 horas. As baterias têm oito anos de garantia e dois anos de cobertura integral, ou seja, que garante até mesmo a troca em caso de uso indevido ou acidentes.
O SUV vem com o chip da Claro embarcado. A montadora promete detalhar em breve um programa de recompra garantida e também seu futuro serviço de assinaturas.
Incentivos governamentais
Ricardo Bastos, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da GWM, revelou durante o lançamento do Haval 6 HVE em Indaiatuba, SP, que a empresa tem mantido reuniões com representantes do governo federal para defender algum tipo de incentivo específico para a produção de veículos que contemplem novas tecnologias.
Ele citou textualmente as vantagens tributárias obtidas pelas montadoras que se instalaram nas duas últimas décadas no Nordeste e Centro-Oeste e que geraram compensações da ordem de R$ 5 bilhões em 2021. “O governo poderia tentar equalizar algumas diferenciações a depender da tecnologia a ser desenvolvida e de qual região a empresa está”, disse o executivo, que diz esperar apoio de outras fabricantes para o pleito.
Fotos: Divulgação
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