Marca terá 133 revendas e promete serviços acima dos da concorrência a preços competitivos
A GWM, Great Wall Motors, pretende ter, em maio, 50 concessionárias em plena atividade em todo o Brasil. Até lá, porém, o Haval H6, SUV importado pela empresa será destaque em showrooms montados pelas futuras revendas em 38 shopping centers. O primeiro deles foi inaugurado nesta quinta-feira, 23, em São José do Rio Preto, SP.
O lote inicial de 584 veículos vindos da China chegou esta semana ao País e, segundo Oswaldo Ramos, diretor comercial da montadora, já foi todo vendido. O executivo não revela a projeção de vendas anuais para o modelo que terá três versões híbridas e preços a partir de R$ 209 mil.
As pretensões da GWM não parecem modestas, de qualquer forma. A empresa tem no cronograma o lançamento de 10 veículos nos próximos três anos, parte deles produzida na fábrica adquirida da Mercedes-Benz no ano passado e que passará por adequações técnicas antes de iniciar suas atividades no primeiro semestre do ano que vem.
PRIMEIRO NACIONAL HÍBRIDO FLEX
Quando os primeiros carros nacionais saírem da linha de montagem a GWM espera estar avançada no plano de constituição de uma rede de 133 concessionárias completas até o fim de 2024, o que demonstra a disposição de ter volumes relevantes de vendas no curto prazo.
Ramos assegurou que o primeiro veículo produzido na cidade paulista não será o Haval H6 e, mais importante, terá motorização híbrida flex. Não por outro motivo na semana passada dirigentes da GWM visitaram a Unica, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, e enalteceram o etanol como combustível limpo.
Ter número de vendas relevantes e sustentáveis implica não apenas cobertura comercial ampla, mas igualmente área de pós-venda que sustente qualidade de serviços, desafio maior de qualquer empresa e particularmente para a imagem de um novata para o universo de consumidores brasileiros.
ENTRE OS MELHORES ATENDIMENTOS
A GWM quer tirar — ou pelo menos atenuar — esse problema da frente antes mesmo de vender seu primeiro automóvel no Brasil. “Posso responder uma pergunta: sim, haverá peças de reposição”, brincou Ramos nesta quinta-feira, já no começo da apresentação da estrutura de pós-vendas e serviços da montadora.
“Queremos estar entre os dez melhores serviços de atendimento pós-venda do mercado brasileiro. Não apenas nos comparar aos serviços de outras marcas de veículos, que dificilmente aparecem no topo desse ranking”, cutucou o executivo.
No centro de armazenamento e distribuição que está sendo constituído no complexo da empresa de logística DSV em Cajamar, na Grande Sao Paulo, a GWM abrigará, até abril, 50 mil peças e componentes que cobrirão colisões, manutenção e desgaste natural.
A montadora diz que não quer gerar muito estoque nas concessionárias, o que implica em custos maiores para os 28 grupos que comandarão a futura rede de mais de uma centena de pontos.
REVISÕES A CADA 12 MIL KM RODADOS
A ideia é que, a depender do horário da entrada do pedido por parte da concessionária, as peças solicitadas possam chegar ainda no mesmo dia ou no máximo até as 12 horas do dia seguinte. Daí também a escolha pela estrutura da DSV em Cajamar, cidade localizada entre os aeroportos de Viracopos e de Guarulhos.
“E teremos sempre custos competitivos “, disse Ramos, antes de apresentar valores de revisões programadas do Haval H6.
Para manter a garantia de 5 anos, o proprietário deverá fazer quatro revisões em até 4 anos ou a cada 12 mil km rodados — o que já é um ganho diante de concorrentes que precisam ser revisados a cada 10 mil km.
Os preços são fechados e no caso da versão de entrada HEV, as duas primeiras revisões saem por R$ 920,00 cada e a terceira e quarta por R$ 1.220,00.
A quarta revisão das versões topo Plug-in e GT custam um pouco mais: R$ 1.500,00, mas ainda assim um preço digno para carros que custam entre R$ 269 mil e R$ 299 mil.
ATENDIMENTO DE PÓS-VENDA NO SHOWROOM
A GWM diz que sua rede de revendas manterá, sem qualquer custo adicional, serviços de manutenção móvel e de leva-e-traz para o cliente, que também poderá retirar o carro novo na concessionária ou recebê-lo em qualquer endereço solicitado.
Uma novidade conceitual das futuras concessionárias GWM: o showroom servirá não só para exibição de produtos e negociação de vendas, mas também para acolhimento do cliente que for fazer um serviço em seu veículo. “Acabamos com aquela recepção de pós-venda escondida, na lateral ou fundo da loja”, enfatiza o diretor comercial.
Dentre outras ações e serviços prometidas pela montadora, vale ainda destacar a disposição de manter atendimento via 0800 e whatsapp 24 horas em todos os sete dias da semana. Melhor: com pessoas do outro lado, sem os cada vez mais irritantes e nem sempre eficientes chatbots.
Se cumprir com tantas promessas, a GWM tem potencial para ir “melhor do que a encomenda”e estabelecer um novo ciclo na imagem dos fabricantes chineses de veículos aqui.
Foto: Divulgação
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