Para cumprir a meta os modelos elétricos precisarão assumir o protagonismo das vendas no país
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) propôs, na quarta-feira, 12, ousado plano climático que coloca como objetivo corte de 56% na emissão de poluentes de automóveis e caminhões novos até 2032.
A proposta é tratada pela imprensa local como a mais ambiciosa já vista no país. Isso porque, segundo a própria EPA, a meta pode significar que dentro de uma década a cada três veículos vendidos, dois deverão ser elétricos.
Conforme a proposta da agência, para atender aos requisitos as fabricantes deverão produzir 60% de elétricos até 2030 e 67% até 2037. Cabe lembrar que apenas 5,8% das vendas do ano passado no mercado dos Estados Unidos representaram veículos elétricos.
A EPA ainda estima que o plano providenciará benefícios econômicos entre US$ 850 bilhões e US$ 1,6 trilhão até 2055. No prazo da meta, em 2032, cada veículo custaria US$ 1,2 mil ao fabricante e o proprietário economizaria, em média, US$ 9 mil ao longo de oito anos em custos de combustível, manutenção e reparo.
“Muita coisa tem que dar certo para que essa mudança massiva, e sem precedentes, em nosso mercado automotivo e base industrial seja bem-sucedida”, disse à agência de notícias Reuters John Bozzella, CEO da Alliance for Automotive Innovation, associação que reúne fabricantes de veículos nos EUA.
“Fatores como infraestrutura de carregamento, cadeias de suprimentos, resiliência da rede e disponibilidade de combustíveis com baixo teor de carbono determinarão se os padrões da EPA são alcançáveis.”
A nova proposta da EPA é ainda mais ousada que a de 2021, anunciada pelo presidente Joe Biden, na qual propunha participação de 50% de elétricos e híbridos plug-in nas vendas até 2030.
Foto: Jaguar/Divulgação
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