Face-lift da quinta gerão evidencia que o hatch poderia ter tido carreira bem mais longa no Brasil
Sucesso global para a marca desde o seu lançamento em 1990, ele já soma 16 milhões de unidades vendidas em todo o mundo até agora. Em vários momentos arrebatou o prêmio de carro favorito da França, algo importante para a marca francesa e ganhou ainda dois prêmios de Carro do Ano na Europa, uma briga sempre forte com tantos lançamentos relevantes no velho continente.
No conceito City Car ele é, definitivamente, emblemático do mercado há cinco gerações. E agora tenta se reinventar trazendo inúmeras novidades as quais a Renault vem apresentando em seus últimos lançamentos.
O Novo Clio também atualizou sua tecnologia, incluindo, por exemplo, um painel digital em todos os seus acabamentos. Ele vem com uma escolha mais ampla de motores do que qualquer outro carro em sua categoria, para que todos possam escolher a configuração que melhor atenda às suas necessidades. O destaque é o híbrido completo E-Tech de 145 cv que combina prazer de dirigir com economia.
A primeira campanha de apresentação do produto traz um lindo revival de todas as gerações, o que para um consumidor francês faz todo o sentido! Para nós aqui em terras tupiniquins fica o gostinho de que sempre quisemos mais. Vemos apenas duas gerações no filme (1ª e 2ª) com o design que tivemos no mercado brasileiro.
Me lembro bem da 2ª geração que no seu lançamento teve uma campanha bem legal e certamente marcante para a Renault. O filme comunicava vários USP’s onde dois Clio (Verde e Mostarda) andavam em uma pequena estrada “estourando” painéis que mencionavam estes destaques.
Eram temas fortes na época e que queriam mostrar o Clio como uma das melhores opções do mercado. Os pontos iam de “motor 1.0 ou 1.6”, “conforto de carro grande”, “fabricado no Brasil” e “com air bag duplo de série” que claro, tinha a brincadeira de somente neste caso o painel na estrada não estourava.
Mas a pergunta que não quer calar é: alguém viu onde foram parar as demais gerações do Clio? Em terras tupiniquins elas não deram seu ar da graça. Por que não pudemos usufruir de gerações tão modernas e lindas estilisticamente?
A razão é muito simples e bem conhecida por nós! A Renault preferiu por questões de custos, sejam de desenvolvimento ou de produto ou dos dois, optar pelas plataformas originadas na Dacia, de baixo custo, que acabaram por nos gerar uma gama que bem conhecemos com Sandero, Logan, Duster, Oroch e até Captur que na Europa não utiliza a mesma plataforma do Duster.
Temos lido várias publicações falando em como a Renault vem mudando seus mais novos desenvolvimentos através da utilização por exemplo da nova plataforma CMF-B, mais moderna e versátil. Ela tem a missão de renovar, junto a outras modernas opções, o portfolio da Renault que vem prometendo fazer e acontecer! Resta torcer e esperar por mais novidades globais e não mais resgate de “Clios” nunca vistos!
* Adriano Resende é proprietário da consultoria Brand to Market e especializado no setor automotivo
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