O mercado brasileiro de pneus está crescendo, na média, mais lentamente do que o de veículos. Transcorridos os três primeiros meses de 2023, as vendas totais evoluíram somente 0,8%, variação quase marginal sobre igual período do ano passado. Foram negociadas 13,9 milhões de unidades no trimestre, apenas 100 mil a mais do que no ano anterior.
Em março, o avanço foi mais significativo. As mais pouco mais de 5,06 milhões de unidades vendidas superaram em 3,9% o volume negociado em mesmo mês de 2022.
Com 3,3 milhões de pneus, os negócios com as montadoras, entretanto, cresceram 5,3% em 2023, enquanto as vendas para reposição registrara queda de 0,6%, segundo levantamento setorial da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).
O sgmento de pneus de carga puxou o desempenho do setor para baixo. Ao todo foram comercializadas cerca de 1,6 milhão de unidades de janeiro a março, forte recuo 15,8% ante um ano atrás. As vendas para reposição somaram apenas 1,2 milhão de unidades, 17,1% a menos. Foram encaminhados para as montadoras no mesmo período 401 mil pneus, 11,5% menos.
“O setor de pneumáticos prevê um ano difícil. O cenário econômico instável, a alta taxa de juros e a queda nas vendas dos veículos trazem um momento mais desafiador. De qualquer forma, esperamos que esse momento de desequilíbrio possa ser revertido de forma rápida”, diz Klaus Curt Müller, presidente executivo da ANIP.
O quadro específico para produtos dedicados a automóveis de passeio é um tanto melhor: com 7,3 milhões de unidades acumuladas de janeiro a maio, avançou 1%, impulsionado particularmente por negócios com as montadoras, que passaram a 1,9 milhão de unidades, crescimento de 10,5%
Pneus para motocicletas também apresentaram crescimento, com alta de 17,6% (2,1 milhões para 2,4 milhões de unidades) nas vendas totais de janeiro a março ante o mesmo período de 2022.