Tema sem consenso dentro da Anfavea, o projeto do carro verde acessível (ou de entrada), aquele que quer resgatar o antes chamado popular, está sendo analisado pelo governo, conforme já confimou a diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do MDIC, Margarete Gandini.
Enquanto algumas montadoras manifestaram posição claramente contrária à ideia, como é o caso da General Motors, o presidente da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, reafirmou interesse em ter modelos mais baratos que contribuam com o aumento de volume de vendas no mercado brasileiro.
“Não estamos participando das negociações com o governo”, lembrou. “Quem está à frente do projeto é a Fenabrave. Mas vamos estar prontos para rapidamente participar dele caso venha a ser aprovado.”
Filosa defende a necessidade de se criar condições no Brasil para alavancar o volume de produção das montadoras aqui instaladas e garantir investimento consistentes com o potencial do mercado. Sobre o momento atual, ele diz que o mês de abril está com bom movimento, mas o feriado prolongado de Tiradentes vai impedir melhoria no total das vendas:
“Acredito que em maio e junho haverá crescimento. Serão meses decisivos para definir o caminho do mercado, seja para o bem, seja para o mal. Mas acredito que vai crescer ou ao menos ficar estabilizado, sem quedas”.
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O projeto do carro verde acessível envolve discussões sobre impostos, tamanho e acabamento do veículo. Também há discussões sobre melhores condições de crédito para aquisição desses modelos, incluindo a liberação de parte do FGTS para ajudar na entrada.
Mas nada está definido até o momento, segundo informou a representante do MDIC ao participar na segunda-feira, 24, do Encontro da Indústria de Autopeças no São Paulo Expo, onde esta semana acontece a Automec, maior feira do mercado de reposição da América Latina.
Foto: Divulgação/Stellantis
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