Mercado

Maio começa com recuo na venda das montadoras

Média diária por dia útil na primeira semana baixou 7,5% em relação ao mesmo período de abril

Ao comentar sobre as dificuldades para obtenção de crédito que vêm afetando o movimento das concessionárias no varejo, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, revelou que as vendas por dia útil na primeira semana de maio limitaram-se a 7,5 mil unidades, volume 7,5% inferior ao registrado no mesmo período de abril, quando a média foi de 8,1 mil.

No cômputo do balanço de venda diária nos primeiros quatro meses do ano, abril fechou com o melhor resultado, 8,9 mil unidades. Esse volume foi de 8,7 mil em março e de 7,2 mil e 6,5 mil, respectivamente, em fevereiro e janeiro.

Dos 160,7 mil emplacamentos de abril, que representaram recuo de 19,2% sobre março e alta de 9,2% sobre o mesmo mês do ano passado, 47 mil foram destinados às locadoras, segundo informações do dirigente da associação das montadoras. No quadrimestre, as vendas totais atingiram 633 ml veículos, alta de 14% sobre os primeiros quatro meses de 2022.

No caso das locadoras, a alta foi de 25%, de  120 mil para 150 mil unidades.

“Os negócios com os grandes frotistas são vem-vindos, mas é importante para o setor ter um varejo forte”, comentou Leite ao falar não apenas da retração do movimento nas concessionárias mas também sobre o projeto de resgate do carro verde acessível (ou de entrada) que algumas montadoras discutem hoje com o governo e já foi motivo, inclusive, de comentários do presidente da República, Luiz Inácio da Silva.

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De acordo com o presidente da Anfavea, a queda em abril sobre março já era esperada por causa dos feriados: “Maio vai ser termômetro importante, como mês completo, cheio. Em geral tem sido um mês relevante, mas não podemos ignorar a desaceleração já verificada na primeira semana”.

O estoque nas concessionárias, graças às paralisações de fábrica, mantiveram-se em 38 dias. “Não fossem as medidas de ajuste, provalmente os estoques nas montadoras e nas redes seriam maiores”, admitiu o presidente da Anfavea.

No início do ano passado, período crítico da crise dos semicondutores, esse volume chegou a cair para apenas 15 dias, gerando filas de espera por alguns modelos, principalmente os mais acessíveis e os de maior demanda. Este ano, ao contrário, o varejo é marcado por promoções com descontos e taxa zero de juros, entre outras ações.

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Foto: Pixabay

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Alzira Rodrigues

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