Os licenciamentos de veículos leves somaram 69,5 mil unidades nos primeiros doze dias de maio. O número representa queda de 10,5% sobre igual período do ano passado. A média diária de 7.717 emplacamentos, entretanto, está ligeiramente superior, 2%, sobre as vendas registradas nos doze dias iniciais de abril.
Como o primeiro semestre de 2022 foi altamente impactado pela crise de fornecimento de condutores e, consequentemente, pelas paralisações de muitas fábricas e oferta reduzida de veículos, o resultado parcial de maio indica o agravamento da queda da demanda do varejo.
Tanto que as vendas do atacado seguem aumentando sua participação: responderam por 50,1% dos emplacamentos iniciais de maio, com 34, 81 mil unidades.
“A queda na demanda do varejo continua sendo o principal fator para a recuperação do setor. Os entraves seguem sendo os mesmos: juros altos, aumento de preços dos veículos, estoques desalinhados com a demanda e queda no poder de compra”, analisa o consultor Marcelo Cavalcante, que, com base no desempenho atual, projeta vendas entre 169 mil até 177 mil unidades em maio.
Um eventual programa de incentivo do Governo Federal aos carros de entrada, que deve ser divulgado no próximo dia 25, pode repercutir positivamente nos licenciamentos dos próximos meses.
A idéia, afirmam fontes l igadas às negociações, é que os modelos mais acessíveis possam ser negociados na faixa entre R$ 50 mil a R$ 60 mil, algo como pelo menos 15% mais baratos do que os preços praticados hoje, acima dos R$ 70 mil.
Nos primeiros doze dias deste mês, a Fiat, mais uma vez, liderou os licenciamentos. Com 16,1 mil unidades, levou grande vantagem sobre a segunda colocada GM (11,4 mil), que praticamente empatou com a Volkswagen (11,3 mil). Mas importante: 68% das vendas da marca italiana se deveram ao atacado, contra 52% da GM e 56% da VW.
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