Valor adicional direto de um automóvel seria de € 2 mil
As montadoras seguem em forte campanha contra a legislação Euro 7, que busca reduzir ainda mais as emissões de poluentes de veículos a combustão na Europa e que está prevista para entrar em vigor em 2025 para automóveis e comerciais leves e em 2027 para caminhões e ônibus.
Nesta terça-feira, 23, a Acea, entidade que representa os fabricantes de veículos, divulgou estudo encomendado à consultoria Frontier Economics e que assegura que as novas normas acarretarão aumentos de custos de produção diretos de 4 a 10 vezes maiores do que os previstos pela Comissão Europeia.
Segundo o estudo “Custos Regulatórios da Euro 7”, os custos adicionais para fabricar um automóvel ou uma van que se enquadrem na nova legislação serão da ordem de € 2 mil. No caso de caminhões e ônibus movidos a diesel, o acréscimo seria de € 12 mil.
As estimativas da Comissão Europeia indicam impacto de € 180 a € 450 para automóveis e picapes e € 2,8 mil para veículos pesados de carga e transporte.
A Acea alerta que os cálculos incluem apenas custos diretos de fabricação, principalmente para equipamentos e investimentos. “É importante observar que esses custos adicionais não correspondem aos preços de compra para os usuários finais […] e que, provavelmente, seriam maiores”, afirmou a entidade em comunicado.
Os fabricantes acrescentam que, além dos custos diretos, a Euro 7 gerará custos indiretos, como maior consumo de combustível. “Ao longo da vida útil de um veículo, isso pode aumentar os custos de combustível em 3,5% – totalizando € 20 mil extras para caminhões de longa distância e € 650 para carros e vans.”
Com as atuais regras Euro 6, lembram os fabricantes, a União Europeia já tem os padrões mais abrangentes e rigorosos para emissões de poluentes (como NOx e material particulado) do mundo.
“A indústria automobilística europeia está empenhada em reduzir ainda mais as emissões em benefício do clima, do meio ambiente e da saúde. No entanto, a proposta do Euro 7 simplesmente não é a maneira certa de fazer isso, pois teria um impacto ambiental extremamente baixo a um custo extremamente alto”, afirmou Sigrid de Vries, diretora geral da Acea.
A dirigente defende que maiores ganhos ambientais e de saúde serão alcançados com a transição para a eletrificação e com a substituição dos veículos mais antigos por modelos que atendam os parâmetros da atual Euro 6.
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