Presidente teria chamado executivos do setor para encontro no Palácio do Planalto na parte da manhã de quinta-feira e viria para a Fiesp à tarde
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de entrega do relatório final da transição de governo e anúncio de novos ministros.
A agenda da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Fiesp, Federação da Indústria do Estado de São Paulo, na quinta-feira, 25, teve horário alterado das 9h para as 17h. Em vez de participar da abertura do evento de comemoração do Dia da Indústria na capital paulista, conforme informado anteriormente, ele viria apenas para o encerramento.
A mudança consta do espaço dedicado ao credenciamento da imprensa no site do Palácio do Planalto, que desde a noite de terça-feira, 23, informa que “no dia 25 de maio, quinta-feira, às 17h, o senhor Presidente da República participará do evento do Dia da Indústria na avenida Paulista, 1.313”.
Fonte da indústria garante que a alteração no horário – confirmada pela Fiesp no final da manhã de hoje – ocorreu a partir da decisão de Lula de chamar executivos do setor automotivo para reunião na manhã desta quinta-feira no Palácio do Planalto. Os primeiros contatos anunciando a mudança foram feitos na noite da terça-feira, 23.
Outra fonte do varejo automotivo não confirmou a mudança mas admitiu a possibilidade de inversão de agenda, com “Lula começando o dia com dirigentes do setor em Brasília e acabando a quinta-feira na comemoração da Fiesp em São Paulo”. Os devidos ajustes estariam ocorrendo na manhã desta quarta-feira, 24.
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O dia 25 virou referência na indústria automotiva após o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, revelar que seria nessa data a divulgação de medidas de incentivo à produção de veículos no País. A expectativa, inclusive, seria do anúncio de um pacote que tornaria possível o lançamento de um carro mais acessível no mercado brasileiro.
Ante os R$ 70 mil que custam as versões básicas do dois únicos modelos enquadrados pela Fenabrave como sendo do segmento de entrada — Fiat Mobi e Renault Kwid —, a ideia seria ter um automóvel com preço na faixa de R$ 50 mil a R$ 60 mil. Para chegar a esse valor, seria necessária redução de impostos e de margem visto ser impossível retirar itens de segurança e de eficiência energética — aqueles que encareceram os veículos — por atenderem legislações vigentes.
Por esse motivo, a própria indústria evitar falar em carro popular e não há consenso dentro da Anfavea sobre o tema. Algumas associadas, como a Stellantis, vêm manifestando apoio público ao projeto, enquanto outras, como a General Motors, mostraram-se claramente contrárias.
A Anfavea, por sua vez, insiste que, por envolver produtos e preços, o assunto teria de ser tratado diretamente com as montadoras e não via associação. A Fenabrave teria sido a responsável pela apresentação da proposta ao MDIC, mas seus dirigentes evitam comentários.
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Fonte do setor acredita que por não haver consenso ainda quanto ao popular, o governo proporia a criação de um grupo de trabalho para avaliar a questão, decisão que seria anunciada nesta quinta-feira.
Para a mesma data é esperada a divulgação da segunda fase do Rota 2030, com novos parâmetros de eficiência energética que contemplariam veículos híbridos a etanol e elétricos.
Foto: Divulgação/Agência Brasil
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