A redução de impostos federais (IPI, PIS/Confins) na compra dos carros que custam até R$ 120 mil deve gerar um adicional nas vendas anuais do setor da ordem de 200 mil a 300 mil unidades. A estimativa é do presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, que emitiu nota no final da tarde desta sexta-feira, 26, apoiando as medidas anunciadas na véspera após reunião de executivos do setor com o presidente Luiz Inácio da Silva.
“Esse incremento traz uma série de ganhos para a sociedade em termos de acesso do consumidor a carros 0 km e vantagens ambientais, no sentido que privilegia veículos de menor preço, descontos para modelos de baixas emissões de CO2 e de melhor eficiência energética, acelerando também o giro de veículos usados e, dessa forma, a renovação da frota circulante”, destaca o comunicado.
O consumidor terá descontos decorrentes da redução dos impostos que poderão variar de 1,5% a 10,96%. Além disso, as montadoras poderão realizar descontos adicionais a partir de promoções e também da prática da venda direta, que depende de acordo com suas respectivas redes de concessionárias.
Diante do fato de o projeto de incentivo à venda de modelos mais baratos ter sido propalado como o do “carro popular”, Lima Leite faz questão de enfatizar que não haverá perdas tecnológicas e de segurança veicular nos carros.
“São os mesmos modelos de hoje no mercado, com preços reduzidos por conta da menor incidência de IPI e PIS/Cofins. Os descontos serão maiores no caso dos modelos mais acessíveis, de maior índice de nacionalização, maior eficiência energética e mais ambientalmente corretos”, reforçou o presidente da Anfavea.
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Comunicado divulgado na quinta-feira pelo MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, revela que na faixa até R$ 120 mil, ao todo, são 33 modelos de 11 marcas. Dentre eles, Fiat Mobi e Renault Kwid, os dois modelos atuais que são considerados “de entrada” na segmentação por categoria da Fenabrave. As alíquotas serão definidas após análise do Ministério da Fazenda e publicadas em MP (medida provisória) daqui a 15 dias.
Foto: Divulgação/Fiat
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