Aindústria de implementos rodoviários chegou ao fim dos cinco primeiros meses do ano com desempenho que sugere estabilidade nos negócios. No acumulado até maio, o mercado recebeu perto de 61,1 mil unidades, volume que representou leve queda de 1,3% em relação às 61,9 mil entregues um ano antes.
De acordo com o balanço da Anfir, os produtos pesados, representados por reboque e semirreboques, se mostram como salvaguardas para não levar o resultado a um ambiente mais negativo.
De janeiro a maio, as vendas da categoria cresceram quase 4,5%, para 34,7 mil unidades ante 33,3 mil negociadas no mesmo período do ano passado.
Em sentido oposto, as vendas de carrocerias sobre chassi anotaram baixa de 8%. As entregas no acumulado do ano somaram 26,3 mil unidades, enquanto nos cinco primeiros meses de 2022 chegaram a 28,6 mil.
Mercado mostra comportamentos distintos
Para José Carlos Spricigo, presidente da Anfir, há um descompasso no comportamento do mercado que foge do padrão. Hoje, no caso de reboques e semirreboques, a indústria de implementos tem entregado 1,7 produto para cada caminhão vendidos, quando historicamente a relação é de 1,3 implemento. Em carroceria sobre chassi, a proporção está em 1,1 para cada veículo emplacado, condição mais ajustada.
“O mercado está desequilibrado. Acredito em face das mudanças que estamos vivendo na política econômica e reflexo da chegada do Proconve P8”, observa em nota.
O dirigente da associação adianta que a indústria do setor aguarda ansiosa a nova política fiscal do governo federal. “O momento é de reflexão para acompanhar como a economia brasileira vai se comportar após a medida ser implementada efetivamente.”
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