Fábrica está paralisada desde o dia 12. Retorno ao trabalho estava previsto para 26 de junho.
Nesta quarta-feira, 14, apenas dois dias depois de iniciar férias coletivas de duas semanas, a General Motors propôs aos trabalhadores adoção de layoff na fábrica de São José dos Campos, SP. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Segundo a entidade, a montadora quer suspender temporariamente o contrato de trabalho de cerca de 1,2 mil funcionários da unidade. Conjuntamente com o layoff, seria suspensa a produção no segundo turno por até dez meses a partir do dia 3 de julho. Mais uma vez, a empresa alega queda nas vendas.
O layoff prevê que os trabalhadores fiquem em casa, façam cursos de requalificação e recebam parte dos salários com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Para ser implementado, é necessária a aprovação dos trabalhadores em assembleia.
O sindicato propõe outras alternativas para atenuar a demanda em queda, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Uma rodada de negociação está prevista para a sexta-feira, 16.
“O Sindicato intensificará a campanha em defesa dos empregos na GM de São José dos Campos e, uma vez que a empresa fala em queda nas vendas, a entidade reivindica a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, para que todos os empregos sejam garantidos”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.
Também na segunda-feira, 12, começaram as férias coletivas na fábrica de Gravataí, RS, base produtiva do Onix, modelo líder de vendas da marca Chervolet. A paralisação das atividades na unidade gaúcha, entretanto, será menor: de 10 dias, até 21 junho.
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No caso da planta de São José dos Campos, estava prevista inicialmente a interrupção da produção somente na linha da picape S-10, o que envolveria 2,7 mil funcionários. A ação, porém, foi ampliada para os 4 mil trabalhadores da fábrica, com a suspensão também da produção do utilitário esportivo Trailblazer, além de motores e transmissões.
Ao invés de férias coletivas, como será em Gravataí, na fábrica de São José dos Campos os funcionários serão remunerados e, posteriormente, o período compensado.
A GM não contradisse nenhuma das informações do sindicato e manifestou-se apenas por meio da nota oficial a seguir:
“A GM informa que está negociando com o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos medidas para ajustar a produção à atual demanda do mercado, de forma a garantir a sustentabilidade do negócio. Neste sentido, a empresa propôs a realização de um layoff de cinco meses na fábrica de São José dos Campos, com início programado para o dia 03 de julho, podendo ser prorrogado por mais cinco meses.”
* Texto atualizado às 15h40
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