Alegando falta de venda para as locadoras, que suspenderam as compras à espera de preços menores para os negócios no atacado, que acabaram não acontecendo, a Volkswagen anuncia a paralisação de três fábricas entre este final de mês e julho.
Em São José dos Pinhais, PR, onde é produzido o T-Cross, um turno já está em layoff desde o dia último dia 5, medida que tem previsão de durar entre 2 e 5 meses. O outro turno de produção está parado durante toda esta semana, de segunda-feira, 26, até sexta-feira, 30, em regime de banco de horas.
A produção também foi interrompida durante toda esta semana na unidade de Taubaté, SP, onde são fabricados o Polo Track e o novo Polo. Em regime de banco de horas, foram suspensos os dois turnos da fábrica do interior paulista.
A fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, onde são produzidos Virtus, Polo, Nivus e Saveiro, protocolou férias coletivas de dez dias previstas para os seus dois turnos de produção a partir de 10 de julho.
“Todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em acordo coletivo firmado entre os sindicatos e colaboradores da Volkswagen”, informa comunicado oficial da montadora, atribuindo as medidas à estagnação do mercado.
Na quarta-feira da semana passada, dia 21, o presidente da empresa para a América do Sul, Alexander Steiz, adiantou sobre o risco de paralisação das fábricas por conta da falta de previsibilidade das medidas do governo.
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Ele informou que a partir do dia 6, quando foi editada a medida provisório 1.175 com descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para carros até R$ 120 mil para pessoas físicas — o chamado pacote do carro mais barato, ou popular —, houve aumento de 38% nas vendas da marca esse público.
Em contrapartida, as vendas para pessoa jurídica (CNPJ) caíram 35%, “o que impediu uma reação efetiva do mercado, que deve encerrar junho com queda em relação a maio”, explicou o executivo.
As locadoras pararam de comprar à espera da liberação para que fechassem negócios com desconto, o que ocorreria no dia 21 mas foi postergado em 15 dias pelo MDIC. Com isso, houve um verdadeiro tumulto no mercado, segundo palavras de Steiz, o que está gerando consequências na área produtiva como as anunciadas esta semana pela própria montadora.
Foto: Divulgação/VW
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