Com ampla concentração de vendas nos últimos dias do mês, o mercado de automóveis e comerciais leves 0 km reagiu ao pacote do carro mais barato criado pela MP 1.175 e fechou junho com números positivos. A média diária chegou a 8.560 unidades, 16% a mais do que a registrada em maio (7.379) e 8,2% superior à do mesmo mês do ano passado (7.915).
Em numero absoluto, foram quase 180 mil emplacamentos de veículos leves, 8% a mais do que os 166,4 mil de maio, conforme dados preliminares divulgados por fonte do varejo automotivo que tem acesso aos dados do Renavam.
Na sexta-feira, 30, último dia do mês, foram licenciadas 27,3 mil unidades, fator decisivo para elevar a média de junho e, com isso, garantir desempenho favorável no acumulado. Boa parte das compras ficou por conta das locadoras, que estavam esperando comprar com descontos mais elevados do que aqueles que normalmente têm.
Incluindo também veículos pesados, as vendas no mês passado chegaram a 189,5 mil unidades, alta de 7,4% sobre maio. A Fenabrave promove na terça-feira, 4, coletiva para divulgar os números oficiais e avaliar o desempenho do mercado a partir dos descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil oferecidos pelo programa do governo federal, com abatimentos adicionais patrocinados pelas montadoras.
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Junho foi um mês relativamente tumultuado no mercado automotivo. As vendas ficaram paradas na primeira semana à espera do então prometido pacote de incentivos ao setor e depois reagiram no varejo por conta dos descontos. Em contrapartida, contudo, as locadoras e demais pessoas físicas suspenderam as compras, esperando a vez de serem contempladas pelos benefícios.
Isso ocorreria no dia 21, mas a data foi postergada por portaria publicada pelo governo que estendia por mais 15 dias os descontos só para pessoas físicas. Naquela data, o presidente da Volkswagen para a América do Sul, Alexander Seitz, previu problemas na área produtiva em função de as locadoras terem paralisado as compras e na sequência anunciou paralisação em três fábricas da marca.
No dia 30 o governo publicou nova MP e mais um portaria ampliando o pacote de incentivos, que era de R$ 500 milhões, em mais R$ 300 milhões, e abrindo as vendas para pessoas com CNPJ.
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