SUV da Citroën teve apenas 1,8 mil unidades licenciadas no primeiro semestre
ACitroën comemora com entusiasmo as vendas do Novo C3 em junho. O hatch acumulou 2.930 licenciamentos, 82% a mais do que em maio. Sozinho, representou 92% dos 3.175 automóveis e comerciais leves negociados pela marca.
Ao longo do primeiro semestre de 2023, essa participação é menor mas igualmente importante: dos quase 14,3 mil Citroën emplacados, 11,3 mil unidades foram do compacto, quase 80%.
Até mais do que pelo bom desempenho comercial do modelo lançado no segundo semestre do ano passado, esse domínio nos emplacamentos da marca se deve ao ritmo lento de vendas do outro único produto nacional da Citroën.
Também fabricado em Porto Real, RJ, o SUV C4 Cactus “rastejou” diante dos concorrentes diretos nos últimos meses. De janeiro a junho, apenas pouco mais de 1,8 mil unidades chegaram às ruas, sendo 143 registradas no mês passado. Dessa forma, aparece agora na modesta 22ª colocação no ranking de SUVs.
Essa profunda submersão das vendas da ordem de 90% com relação ao primeiro semestre do ano passado, quando o modelo atingiu 10,6 mil emplacamentos, pode ser credita em parte à profusão de novos concorrentes e ao próprio peso da idade do SUV, lançado há cinco anos e que não contou com qualquer grande novidade desde então.
Essa estagnação do Cactus, contudo, terá fim nos próximos dias, quando a Citroën anunciará a linha 2024 com algumas mudanças pontuais. O SUV ganhará alterações estéticas na carroceria e de maneira mais destacada no interior. Nenhuma revolução, entretanto.
Resta saber se com essa discreta atualização o Cactus terá novo fôlego para ao menos retomar o patamar de 1,5 mil unidades negociadas mensalmente no ano passado. Difícil.
Desde seu lançamento, em 2018, o Cactus já teve perto de 70 mil unidades licenciadas, com o recorde anual de 19,5 mil estabelecido em 2021. No ano passado, passou perto disso: 18,4 mil emplacamentos e a 12ª posição no ranking de utilitários esportivos.
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De qualquer forma, ainda que a Citroën negue oficialmente, o Cactus dificilmente terá carreira muito mais longa no mercado brasileiro. Deve ceder lugar na linha de montagem e no portfólio da marca para o Novo Aircross, SUV compacto previsto para o fim deste ano.
O novo modelo é o segundo do projeto C-Cubed, iniciado com o Novo C3 e que terá o terceiro representante em 2024. Diferente do Cactus, será oferecido na configuração de sete lugares, além da convencional de cinco.
Em abril, Vanessa Castanho, vice-presidente da Citroën para a América do Sul, assegurou que ainda assim o Cactus continuará sendo ofertado no mercado brasileiro. “São públicos distintos”, garantiu. A conferir.
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