Após meses em ascensão, as vendas de motocicletas recuaram 13% no comparativo de junho com relação a maio, com 140,3 mil e 161,4 mil emplacamentos, respectivamente. Parte da queda é atribuída pela Fenabrave ao menor número de dias úteis – 21 x 22 -, mas também há decréscimo na média das vendas diárias, que baixaram perto de 10%, de 7.338 para 6.681 unidades.
A entidade admite que as dificuldades para obtenção de crédito se mantém no segmento, o que pode vir a afetar o movimento nas concessionárias.
“O crédito ainda é um problema para fomentar os financiamentos ao setor”, comenta o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr. “Mas como o setor de duas rodas tem acumulado resultados bastante consistentes ao longo de 2023, acredito que a projeção de crescimento de 9% este ano deve se concretizar”.
O balanço do primeiro semestre indica alta de 22,4% sobre o mesmo período de 2022, com 779,7 mil emplacamentos este ano. Na avaliação de Andreta Jr., as motocicletas continuam sendo opção para transporte individual em substituição ao coletivo e as compras a prazo vêm sendo garantidas pelo sistema de consórcio, que tem grande representatividade nesse mercado.
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Conforme balanço divulgado esta semana pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, a venda de novas cotas de motos cresceu 11,9% nos primeiros cinco meses deste ano, com 537,7 mil adesões. O volume de créditos comercializados teve alta expressiva de 25%, chegando a R$ 9,56 bilhões.
O tíquete médio de maio foi de R$ 18,27 mil, acréscimo de 9,7% em um ano. O potencial de compra do consórcio no mercado de motos é de 47,2%, ou seja, a modalidade responde por praticamente a metade do que é vendido no segmento.
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