A Ford confirmou, para o segundo semestre, o lançamento no mercado brasileiro da nova geração do Territory, SUV produzido na China. O modelo mudou bastante interna e externamente. Em nada lembra a primeira geração, lançada aqui em 2020.
Na verdade, trata-se de um outro carro, com carroceria mais comprida, mais alta e de maior distância entre-eixos — o que naturalmente amplia espaço e conforto internos —, ainda que desenvolvido e fabricado novamente com a parceira chinesa JMC, a Jiangling Motors, também responsável pelo primeiro Terrytory.
A Ford adiantou apenas que o SUV terá faróis e lanternas full-LED e rodas de liga leve de 19 polegadas, além do motor EcoBoost mais potente.
Apesar dessa nova investida, não caberá ao novo representante da Ford outro papel que não o de coadjuvante em segmento que conta com produtos nacionais, como Jeep Compass, Corolla Cross ou Tiggo 7, e outros tantos importados.
O que não deve preocupar a importadora, focada mesmo na venda de comerciais leves. Desde que decidiu concentrar sua produção mundial em picapes e SUVs, a Ford passou a ter participação irrisória em veículos de passeio no Brasil, onde também parou de produzir em 2021, após um século.
O cardápio de produtos desde então tem, além do próprio Territory, somente outro SUV, o mexicano Bronco, e o esportivo de nicho Mustang.
Somados, os três veículos chegaram a menos de 3 mil unidades vendidas ao longo de 2022, com o Territory representando exato um terço, 978 licenciamentos, média mensal inferior de 81 unidades.
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No mesmo período, a marca negociou 17,8 mil veículos utilitários, com a picape Ranger liderando as vendas com 14,3 mil unidades entregues, dez vezes mais do que todos os carros de passeios licenciados.
No primeiro semestre deste ano a situação não é muito diferente. Dos mais de 12,2 mil licenciamentos de produtos Ford, menos de 1,3 mil foram automóveis de passeio, sendo 577 unidades do Territory.
Foto: Divulgação
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