Depois de adiar o layoff de 800 trabalhadores de Taubaté, SP, de junho para julho, cancelar a medida e, na semana passada, voltar atrás e confirmá-la por dois meses a partir de 1º de agosto, a Volkswagen, mais uma vez, mudou de ideia.
Neste domingo, 23, a empresa voltou atrás novamente e informou que não adotará a ferramenta de flexibilização da produção. Em comunicado oficial, alegou o desempenho comercial positivo do Polo, fabricado na unidade do interior de São Paulo.
“A Volkswagen do Brasil decidiu ajustar as medidas de flexibilidade para a fábrica de Taubaté, cancelando o layoff previsto para iniciar em 1º de agosto, com duração de 2 meses para um turno de produção, e aplicando férias coletivas de 10 dias para os dois turnos da unidade, iniciando em 31/7”, afirmou a nota oficial.
Em junho, o Polo superou 9,9 mil unidades licenciadas, foi o veículo mais vendido no mercado interno. Ao longo dos primeiros seis meses, o hatch, que conta desde o início do ano com a versão Track — o produto mais barato da marca — acumulou 37,7 mil licenciamentos, perde apenas para a picape Fiat Strada (50,5 mil) e para o Chevrolet Onix (44,1 mil).
LEIA MAIS
→ Stellantis prepara aumento de capacidade em Goiana
→ Com T-Cross na ponta, Volkswagen encosta na líder Jeep entre os SUVs
Curiosamente, já sob o impacto do bom resultado de junho e da reação do mercado na primeira quinzena de julho, período estimulado pelos descontos governamentais mais os concedidos pela própria montadora, em 18 de julho a empresa confirmara o afastamento dos 800 trabalhadores — dos cerca de 3,1 mil funcionários — e a eliminação de um turno de trabalho pelo mesmo período de tempo.
O layoff em Taubaté, agora novamente cancelado, estava previsto, em princípio, para junho e depois foi adiado para julho. Com o lançamento do programa de incentivo à venda de veículos de entrada, a montadora chegou a anunciar que não adotaria mais a suspensão dos contratos neste ano.
Foto: Divulgação