Depois de muito mistério sobre sua forma de comercialização, constituição de estrutura de pós-vendas e de quando começariam, de fato, as importações, a chinesa Seres apresentou oficialmente nesta quinta-feira, 27, seu primeiro veículo para o mercado brasileio.
O modelo 3, fabricado em Liangjiang, China, é um utilitário esportivo compacto, mas com preço de médio. Custa R$ 240 mil — R$ 320 mil na versão blindada pela Armor. O valor, que supera o de muitos concorrentes diretos de mesmo porte, é justificado, em parte, pelo fato de ser movido a eletricidade.
Localizado na dianteira, o motor tem 120 kW (163 cv) alimentado por bateria de lítio 52,7 kW. A Seres assegura que a autonomia é de 300 km (WLTP) e que o carregamento de 20% a 80% demanda 30 minutos em estações de alta potência.
No caso de carregadores de 6,6 kW são necessárias 8 horas para atingir a carga total. Ainda segundo a fabricante, o SUV precisa de 8,9 segundos para a acelar de 0 a 100 km/h e pode chegar a 160 km/h de velocidade máxima.
Em termos de recursos de conforto, nada além — nem muito menos — do que a quase totalidade da concorrência oferece. O Seres 3 possui, por exemplo, central multimídia de 10,25 polegadas, ar condicionado automático, banco do motorista com controle elétrico, teto solar panorâmico e aquecimento dos assentos dos bancos dianteiros.
O modelo tem ainda assistente de controle de subidas e de descida (HDC), alerta de saída de faixa e de colisão frontal, lalém de câmera panorâmica 360º.
A Seres Brasil, pertencente aos proprietários dos grupos Bel Energy, Sergio Lucas, e Holding M2, Arthur Marcial, sediados respectivamente no Estado de São Paulo e no Distrito Federal, ainda está constituindo sua estrutura.
A sede em Barueri, na Grande São Paulo, segue em obras e, além da administração, abrigará setor de manutenção e reparo de veículos, estoque de peças e um centro de treinamento.
Estrutura de pós-vendas?
Para comprar o Seres 3 o cliente tem, por enquanto, apenas o canal digital ( www.driveseres.com.br) pelo qual é feito o cadastramento, reserva e faturamento. A negociação é direta entre a marca e o consumidor final, seja pessoa física ou jurídica. O veículo poderá ser retirado na própria empresa ou entregue em casa.
A marca promete que disporá de rede de concessionárias nas principais cidades brasileiras. Não esclarece, porém, o número de pontos, localização deles nem mesmo o cronograma para a constituição da rede assistencial. Afirma apenas que serão abertos nos próximos meses.
O primeiro e até agora único entrou em operação em março, no bairro da Mooca, em São Paulo. A empresa diz que está credenciando ainda três oficinas da Porto Seguro, mas os endereços ainda não foram informados.
São informações pouco esclarecedoras para uma marca que diz querer ter à venda pelo menos cinco veículos híbridos e elétricos no País até 2024.
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