Sedã teve somente 324 licenciamentos em sete meses, apenas 16 no último trimestre
Cultuado por seus proprietários e pelo mercado ao longo de mais de duas décadas de produção local, o Honda Civic voltou a ser vendido no Brasil, importado da Tailândia, em 2023, dois anos depois de sair de linha. Voltou? Pelos licenciamentos em sete meses, dá para quase que assegurar que não.
Oficialmente, a Honda iniciou as vendas da nova geração do Civic em janeiro. Desde então, porém, somente 324 unidades foram emplacadas até o encerramento de julho, segundo levantamento da Fenabrave.
A baixíssima média mensal de 46 veículos assusta. E ainda mais quando se sabe que 157 deles — praticamente a metade — foram emplacados em fevereiro, o que naturalmente reflete as entregas iniciais para a rede de cerca de duas centenas de revendedores.
Já em março, os licenciamentos despencaram para apenas 76 e em abril, para 33. Nos últimos três meses, porém, as vendas praticamente cessaram, como comprovam os sete emplacamentos registrados em maio, cinco em junho e quatro em julho.
Se tratam de números abaixo até de modelos caríssimos como os do esportivo Porsche 911, que já teve 463 entregues a clientes finais, 51 só no mês passado.
A Fenabrave relaciona 20 modelos concorrentes do Civic na categoria de sedãs médios, que acumulou 29,1 mil unidades nos sete primeiros meses de 2023. A exemplo das últimas duas décadas, o líder é o Toyota Corolla, responsável por 23,7 mil licenciamentos ou mais de 80% de participação.
Essa hegemonia do representante da Toyota só teve uma grande ameaça no passado: exatamente o finado Civic nacional. A nova geração claramente não terá mais esse papel.
Em versão única híbrida que custa perto de R$ 250 mil, o Civic se tornou produto de nicho, mero chamariz da marca, hoje altamente dependente do sucesso do utilitário esportivo nacional HR-V, que somou 25,5 mil dos 40,8 mil veículos negociados pela Honda no mercado interno até julho.
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