Em um ano, segundo a Anef, participação caiu de 64% para 59% e negócios a prazo subiram de 32% para 36%
Apesar de ainda ser dominante no segmento de veículos leves, as vendas à vista perderam 5 pontos porcentuais de participação em 12 meses. Dados divulgados pela Anef, a associação das instituições ligadas às montadoras, mostra que o índice caiu de 64% para 59% entre junho de 2022 e o mesmo mês deste ano.
Em contrapartida, as vendas financiadas passaram de 32% para 36% no mercado de automóveis e comerciais leves e o consórcio de 4% para 5% no mesmo comparativo. A inadimplência hoje está em 5,5%, um índice historicamente alto para o segmento.
No caso das vendas de ônibus e caminhões, o Finame voltou a liderar, com 39%, e os financiamentos por meio do CDC ficaram em 31%. No segmento de motocicletas, o consórcio empatou em 35% com as vendas financiadas, enquanto a comercialização à vista ficou em 30%.
Paulo Noman, presidente da Anef, vê, neste momento, um cenário favorável para o setor. “Com o PIB maior do que o previsto e a tendência dos juros em queda, estima-se que os investimentos possam ser retomados, gerando mais empregos e mais renda para a população, com consequente ampliação do acesso ao crédito”.
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O total de recursos liberados nos primeiros seis meses do ano atingiu R$ 95,12 milhões, 3,2% a mais do que no mesmo período do ano anterior, quando chegou a R$ 92,8 milhões.
O saldo total das carteiras de veículos cresceu por volta de 11%, atingindo R$ 388,7 bilhões, ante os R$ 350,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2022. O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) continua na liderança dos financiamentos, com R$ 386,4 bilhões e alta de 11% no comparativo interanual.
Já o leasing limitou-se a R$ 2,3 bilhões, uma pequena retração de 6,6% em comparação ao primeiro semestre do ano passado, quando a modalidade registrou R$ 2,5 bilhões em financiamentos.
De acordo com comunicado da Anef, o programa de incentivo anunciado pelo Governo Federal para a indústria automotiva movimentou o mercado, com 27 mil financiamentos no último dia do mês de junho.
“O mercado anseia por maior queda nos juros. O corte de 0,5 ponto porcentual na taxa, anunciado pelo Banco Central no início do mês de agosto, reduzindo-a para 13,25% ao ano, já era esperado. Porém, abre portas para que venham outras reduções para aquecer o mercado e, principalmente, para que o cliente pessoa física volte a comprar veículos 0 km”.
Foto: Pixabay
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