Tíquete médio subiu 37,4% em um ano, mas seu valor ( R$ 73,6 mil) está bem abaixo da média de preços do 0 km
Apesar do tíquete médio ter subido 37,4% em um ano, passando de R$ 53,6 mil para R$ 73,6 mil, a grande maioria dos consorciados do segmento de veículos leves não estão conseguindo adquirir um 0 km no momento da contemplação.
Informação obtida pelo AutoIndústria junto à Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, revela que 80% das compras por essa modalidade concentram-se nos seminovos, aqueles com até três anos de uso.
Apenas dois modelos novos custam hoje em faixa próxima ao do tíquete médio – Renault Kwid e Fiat Mobi -, o que certamente gera essa migração para os usados, principalmente os seminovos, que em geral oferecem mais opcionais do que as versões básicas dos chamados carros de entrada.
A entidade divulgou nesta segunda-feira, 28, o balanço do setor no ano, indicando crescimento em todos os seus segmentos. No caso dos automóveis e comerciais leves, foram vendidas 951,6 mil novas cotas até julho, alta de 11% sobre o mesmo período de 2022. O volume de creditos comercializados cresceu 28,3%, de R$ 45 bilhões para R$ 57,7 bilhões.
Principal segmento em número de consorciados ativos no sistema de consórcios, o de veículos leves soma 4,29 milhões de participantes.
Considerando também os veíuclos pesados e motocicletas, as vendas de novas cotas cresceram 10,6% este ano, atingindo 1,88 milhão de adesões, crescimetno de 10,6%. O volume de negócios realizados de janeiro a julho superou R$ 97,7 bilhões, alta de 25,2% no comparativo interanual.
O acumulado de contemplações evoluiu 6,6%, para 824,8 mil, enquanto os correspondentes créditos concedidos avançaram 20,9%, atingindo R$ 36,3 bilhões.
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Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abaxm diz que o balanço relativo ao início deste segundo semestre sinaliza que o crescimento observado nos seis meses iniciais deverá continuar.
“Com a manutenção do mesmo ritmo de negócios, os consórcios deverão seguir superando as marcas passadas de adesões, tíquete médio e, consequentemente, os negócios realizados, independente do percentual da taxa de juros”, comenta.
Na sua avaliação, o permanente crescimento do consórcio evidencia a maior consciência do consumidor sobre educação financeira: “O brasileiro, aos poucos, está modificando seu comportamento com relação às finanças, onde a palavra de ordem é o planejamento e o equilíbrio entre seus rendimentos, gastos e investimentos, e o consórcio se encaixa perfeitamente nesse novo momento”.
Foto: Divulgação/Fenauto
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