Com produção de sistemas de baterias em sua fábrica de Piracicaba, SP, desde fevereiro, a BorgWarner tem planos ambiciosos de crescimento nessa área e busca, neste momento, novos fornecedores para ampliar a localização dos seus produtos.

“Temos bastante espaço reservado para futuras ampliações, o que nos torna capazes de atender com agilidade as novas demandas das montadoras”, informa Marcelo Rezende, diretor-geral de sistemas de baterias da BorgWarner para o Brasil.

Em cinco anos, revela o executivo, a meta é multiplicar em cerca de 20 vezes o faturamento da planta de Piracicaba, quadruplicar o número de funcionários e montar todo o sistema no País, inclusive a bateria em si.

Instalada em um terreno com área total de 33 mil m², dos quais 10 mil m² de área construída e 2,3 mil m² de área útil fabril, a fábrica brasileira é uma das quatro do grupo hoje no mundo – as demais ficam nos Estados Unidos e na Alemanha.

São montados em Piracicaba, atualmente, o Sistema de Gerenciamento da Bateria (BMS), os módulos de conexão entre as baterias (Junction box), a Unidade de recarga de corrente direta (DCCU) e a Unidade eletrônica de controle (EDCU). Ao final do processo, todo o conjunto passa por uma série de testes de desempenho e segurança em equipamentos de última geração.

O primeiro cliente da BorgWarner no Brasil foi a Mercedes-Benz, que equipa seus ônibus elétricos com bateria da marca. No momento, a Volvo informa que está negociando para também ser sua cliente local.

“Os sistemas de baterias produzidos em Piracicaba são de alta densidade energética, o que significa dizer que oferecem maior autonomia aos veículos.” explica Rezende. “A bateria para a qual montamos os sistemas foi desenvolvida para aplicações de uso intensivo de energia operando em até 665 volts e armazenando 98 kWh de energia”.

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A BorgWarner explica que a capacidade de armazenamento de energia dos produtos fabricados é a medida da capacidade produtiva de uma fábrica de sistemas de baterias.

A capacidade atual no interior paulista é de 500 MWh (Megawatt.hora) de energia. Sua produção de sistemas de baterias é capaz de armazenar energia suficiente para alimentar um bairro com 250 casas por um ano ou para um ônibus rodar 300 mil km sem parar em trajeto urbano.

Na avaliação da empresa, a produção local de baterias para veículos elétricos pode contribuir diretamente com a expansão da mobilidade elétrica no Brasil.

“Sendo um componente muito estratégico para esses veículos, a co-localização torna todo o processo mais viável, seguro, produtivo e sustentável. Além disso, a iniciativa de desenvolver no Brasil a bateria, compartilhando tecnologia e conhecimento técnico com profissionais brasileiros, fomenta a indústria local e qualifica a mão de obra nacional”, desataca comunidado da fabricante divulgado nesta semana.

Também de extrema relevância o fato de o Brasil tem uma matriz energética limpa, “o que pode ser potencializado com processos de manufatura modernos e pensados para serem sustentáveis em todo o elo da cadeia de produção”, ressalva Rezende, lembrando que a BorgWarner oferece localmente todo serviço de assistência técnica das baterias que produz.


Fotos: Divulgação/BorgWarner

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